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O prazer de reiventar-se

01 jun 2004 às 11:00
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... televisão a cabo. Graças a Deus temos agora bons programas para ver como o Sob Nova Direção com Heloísa Périssé e Ingrig Guimarães.

Não tenho o hábito de ver televisão aos domingos, mas confesso: parei em frente à televisão para ver qual era daquelas duas jovens atrizes. Queria ver qual a chave do sucesso que elas fazem.

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Na noite em que assisti, que foi a única até agora, mas não a última, achei que em alguns instantes iria mudar de canal. Foi exatamente o contrário. Quando terminou queria mais. Assim como no seriado Os Normais que já está fora do ar, senti na veia uma identificação com aqueles personagens que parecem tresloucados, mas são iguais a muitas das pessoas que conheço.

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Bom ver que a Globo se reinventa e caiu na real percebendo que existe muita gente que quer assisti-la, mas não agüenta mais o ego da Glória Maria em ação no Fantástico e não curte futebol. Eram horríveis as noites de domingo em que o sono não vinha.

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Voltando ao roteiro de Sob Nova Direção: existe uma ala igual às meninas da série. Gente que está louca para se divertir, quer trabalhar, ganhar dinheiro e viver numa comunidade aberta. Esta comunidade aqui em Curitiba é maravilhosa e exatamente igual a do seriado.

Moças (é antigo né? Mas soa bem) solteiras que não buscam casamento e sim realização pessoal no sentido absoluto da palavra são amigas de gays homens e mulheres e com eles dividem espaço em bares alternativos que já não são tão alternativos assim e sim obrigatórios para quem quer conhecer um pouco da sociedade.

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Há quem pense que sociedade é só quem aparece em colunas sociais, mas não é. Sociedade é todo mundo. A palavra é muito mais ampla do que isso. Todos somos sociáveis. Todos somos representantes de nossas alas e temos que interagir com, no mínimo, um pouco de compostura.

Aí que entra o momento de reinventar-se. Quem faz parte da sociedade alternativa, aquela onde entram as moças e os gays e agora começam a aparecer os moços heretossexuais que não tem medo da sua sexualidade e são amigos dos gays, é expert no assunto.

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O bom é que a gente acaba vendo um povo que, aparentemente jamais iria se misturar aos que antigamente eram chamados de "descolados" (aliás acho que a gente tem que reinventar essa palavra e chamá-los de "resolvidos com a sua própria vida" porquê existem àqueles que se vestem como tal, mas são caretas e preconceituosos), aparecendo em festinhas e reuniões nas casas de algumas cabeças de grupo.

Essa fase da sociedade brasileira é a parte bonita da nossa história. É a cara do século 21. Um povo que vive num mesmo espaço, numa mesma crise, e não tem medo de dar a cara para bater por freqüentar lugares que antigamente poderiam estereotipá-lo. Um povo que a Globo reconhece como divertido, real e atual. E que a gente pode ver uma leitura dele em frente à televisão nas até então patéticas noites de domingo.

Em tempo: Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães estarão em Curitiba, para apresentação no Teatro Guaíra, nos dias 5 e 6 de junho, da peça Cócegas. O espetáculo tem produção de Verinha Walflor e acontece às 21 horas.


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