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UMA FÁBULA DO SÉCULO XXI

09 ago 2010 às 13:02
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Para não esquecer:

Era uma vez e não era uma vez, um reino onde havia uma garotinha de cinco aninhos. Muito querida, inteligente, alegre e fofa. Seu nome era Isabella.

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Seu papai Alexandre Nardoni e sua mamãe Ana Carolina, não mais desejando a companhia um do outro, separaram-se.

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ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES


O papai, então, se enamorou de uma outra donzela de nome igual ao da mamãe, Ana Carolina Jatobá.

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O papai se casou com sua mais recente amada e com ela teve mais dois filhos.
Isabella morava com a mamãe e visitava o papai e a madrasta nos fins de semana.


Mas, acontece que a madrasta tinha pelo papai um amor ciumento e possessivo, igual ao das criancinhas. Só que nas criancinhas é bonitinho e faz parte do seu saudável desenvolvimento. Provavelmente, Ana Carolina também queria ter uma mamãe, por que por mais que o papai fizesse ainda não estava bom. Ela, egoisticamente, necessitava de todo amor dele, principalmente o amor que ele dava para a Isabella.

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Quando Isabella ficava na casa do papai, a madrasta brigava e falava mal utilizando-se de muitos e variados palavrões, era uma maneira de fazer com que o papai lhe desse toda a atenção que não suportava ter de dividir com Isabella.


É que a pobre menina além de ser parecida com sua mamãe, era graciosa e bela, essa Isabella-bela. E a madrasta a desdenhava não apenas por que lhe lembrava a ex-esposa do papai, como também passou a ser símbolo de uma união passada, a qual para a madrasta não deveria ter existido. Essa madrasta obcecada queria apagar o passado do marido, seu amor doente desejava a inteireza, a totalidade.

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Ela queria que ele tomasse atitudes hostis para com o símbolo vivo de seu passado. Se ele agisse desse modo, ela sentiria que ele tinha por ela um verdadeiro amor. Ela queria sua total cumplicidade. O ideal do amor romântico. O sentimento oceânico.


Como o papai queria muito ser amado e bem tratado pela Ana Carolina, fazia de tudo para não criar conflitos e ou torná-la arredia. Aceitava suas chantagens pelas migalhas.
O papai Alexandre foi se submetendo até que um dia ele passou a ver Isabella como um símbolo, um objeto indesejado na nova relação.

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Um dia, Ana Carolina, num de seus momentos de fúria, esganou Isabella e foi aí que o papai Alexandre teve a oportunidade de provar sua mais elevada cumplicidade e ideal de amor para com sua Ana Carolina.
Ele pegou a criança, que também pode ser interpretada como símbolo de sua capacidade de amar, e a jogou pela janela.
E assim, Alexandre e Ana Carolina, foram felizes para sempre.



Esse é um conto de fadas do séc. XXI, uma prova viva da evolução da doença psíquica dos homens e mulheres. O desejo de cumplicidade, uma união de dois em um como quer o amor romântico. O desejo do sentimento oceânico, em que dois se tornam um. A religiosidade impregnada na obtenção da alma gêmea.

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Alexandre e Ana Carolina possuem agora o que sempre desejaram para si, a total cumplicidade. São almas gêmeas.


Foram felizes para sempre, é um tempo inexistente, posto que a palavra foram está no tempo passado. Ou seja, essa afirmação de que foram felizes para sempre pode equivaler a um segundo. No caso deles, talvez, no segundo em que Alexandre jogou Isabella pela janela na presença extasiada de Ana Carolina.

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Os casais atuais perseguem loucamente esse sonho de total cumplicidade, sua alma gêmea e quanto mais se aproximam de seu ideal de amor, mais jogam gente pela janela como simples objetos. Jogam amigos, jogam filhos, jogam mães e pais, sogras e sogros, cunhadas e cunhados. Jogam todos, ficam vazios por que se jogam também, até restarem apenas o casal se amando numa cápsula narcísica.


Assim se amando até que lhes cheguem o tédio e em seguida a fatal depressão. Por isso que a gente diz que foram felizes para sempre.


Tudo em nome do amor! Ah! Se Eros nos visse agora! Ele nos abandonou, sabe por que? Nós fizemos daquele deus do amor viril e magnânimo um simples e desprezível garotinho de fraldas brincando com suas flechinhas!


Eros desceu ao inconsciente e de lá ele se vinga. Não há mais relacionamento de amor leve, sem o peso. É o ódio existencial travestido de amor.
Sim, por que o amor é leve, expansivo e alegre. O amor deseja contagiar, daí sua generosidade. Ele se dá, se entrega, se espalha e contagia. É extrovertido e a todos inclui.


O ódio deseja se ressentir. O que quer é contagiar sim, mas de forma que todos fiquem e se sintam excluídos e amargurados. Depois, o ódio devora o próprio casal. Antes de ser generoso, ele é mesquinho e intolerante. Introvertido, grave e sisudo.


Pode ser que Ana Carolina e Alexandre estejam sabendo disso bem na pele. Que é onde o saber, de fato, mora.


E o reino?
Alguns desses reinos agem tal e qual na Idade da Pedra. Desejam linchar! Os instintos tomam conta e eles não parecem possuir a capacidade racional de pensar.


Por outro lado, o Grande Rei, o LULA, mesmo diante das provas já estabelecidas e inquestionáveis, de uma perícia digna de um corpo policial e da ciência em criminologia da nação que governa; depois de estar constatado o crime do pai e da madrasta, ele, o Rei Lula, fala para todos os seus súditos de forma a desacreditar o seu próprio corpo policial e criminologista!


A rede Globo já havia feito uma entrevista com o casal que tentou implantar no cérebro dos súditos globais a incerteza e o desmerecimento de todo o tratamento pericial e de seu resultado comprovado. Daí vem o Presidente Lula e assina em baixo.


O que pensar desse país? Eu tenho um amigo que diz o seguinte: O Brasil cresce e se fortifica somente enquanto todos dormem. Talvez, sua idéia surrealista seja, de fato, a mais acertada.


O pai de Alexandre, não deve ser um advogado, deve ser um ilusionista. Ele criou uma terceira pessoa e independentemente de todas as comprovações periciais, essa terceira pessoa, por ele criada, é que é a culpada!


A irmãzinha do Alexandre vai pra frente das câmaras vestida de forma freiral, tirou até os piercings da orelha, para dizer como seu pai, que a terceira pessoa é a culpada.


Eu tenho muito medo da Terceira Pessoa! Esse Eu Lírico que se apresenta sem deixar vestígios e joga as crianças pela janela a troco de nada. É feito o homem do saco.


E ainda mais. Entra no apartamento do casal enquanto o Alexandre desce para acompanhar o restante da família e nesse ínterim, resolve cortar a rede da janela. Vai até a cozinha e se arma de uma faca. Tenta cortar e não dá certo. Vai então, procurar uma tesoura para terminar o serviço. Daí, pega a menina e a joga pela janela e sai sem deixar rastros e nem por que.
É impossível não perceber o absurdo de tal argumento.


O vovô criou a terceira pessoa e pretende fabricar na coletividade uma verdade engendrada pela sua mente pouco fértil e pouquíssima criativa. Afinal, o conto do homem do saco já existe. Todos conhecem essa história. Mas, será que ainda tememos que o homem do saco nos carregue para seu mundo de órfãos raptados e abandonados? Se assim for, somos uma leva de adultos órfãos de sentido.


E a mamãe que também se chama Ana Carolina? Não deve ser à toa que tem o mesmo nome da madrasta nesse conto de fadas. Pois, não deu nem uma semana e ela já estava apostando na felicidade posando para as câmaras. Parecia se deleitar em ser alvo de atenção da mídia. Pareceu ser uma órfã sem sentido.


Alguns dizem que é porque ocorreu um mecanismo de defesa e que a "ficha" ainda não havia caído. Não creio. Essa Ana Carolina tem uma sombra de madrasta. E não me venham dizer que é por que teve um bebê muito jovem, aos dezoito anos já era mãe e blá, blá, blá.
Conheço muitas mães maravilhosas e que foram mães até mais cedo do que ela.
Essa Ana Carolina tem uma sombra de madrasta.


Penso que as duas Ana Carolina são mães órfãs e imaturas. Mães que ainda não deixaram de ser filhas e que, portanto, não conseguem serem mães. No máximo conseguem ser irmãs das filhas, o que vem confirmar o jogo sabotador da competição entre elas e com a própria Isabella.


Penso que Isabella foi uma garotinha sem pai, sem mãe, sem tia, sem avô e sem avó, posto que ela nunca apareceu no conto. Mas, por infelicidade, tinha uma madrasta. Era só o que ela realmente tinha, uma madrasta sem sentido ( não se utiliza de seus sentidos para sua orientação, permitindo-se levar pelos instintos e consciência corrupta).


E nesse conto de fadas não existe mais a fada madrinha. Ela foi abolida do imaginário humano, ao contrário do homem do saco. Parece que os homens e as mulheres se tornaram niilistas.


Esse comportamento de negação com uma super compensação em delírio de uma terceira pessoa é um pensamento mágico que fica muito bem apropriado em crianças e da consciência primitiva da história da humanidade. No adulto, esse pensamento mágico é tido como regressivo.


O avô da Isabella demonstra um comportamento regredido.
E pelo fato de todos eles não demonstrarem luto e nem dor e muito menos culpa, pode-se afirmar que eles se encontram dentro de um comportamento classificado por sociopatia.


Há vários relatos na história da humanidade em que um psicopata ou sociopata engendrou uma ilusão coletiva, chamada por histeria coletiva. Um fenômeno completamente ilusório visto por uma dada coletividade, depois de ser instigada por uma só pessoa, que demonstrava total confiança e credibilidade. Enfim, o vovô está apostando nisso.
Um exemplo? O que Hitler fez com toda uma nação.
Não estou comparando o vovô ao Hitler, isso seria desmoralizar o próprio Hitler.


Espero que esse conto de fadas do séc. XXI não caia no esquecimento e não retorne ao inconsciente. Por que se isso ocorrer, a nova e fatal investida desse conteúdo inconsciente será de maiores proporções e intensidade, vide aí o caso do goleiro Bruno que para não acolher sua criança, elaborou e fez aplicar contra a mãe de seu filho golpes tão agressivos que terminou em esquartejamento do corpo para ser entregue aos cães.

A consciência e o inconsciente interagem independentemente da vontade de qualquer reino ou de qualquer grande rei.


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