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Quadrinhos independentes em evolução

21 dez 2009 às 14:18
Café Espacial tenta encontrar o equilíbrio ideal para o mix cultural capitaneado por quadrinhos -
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Mercado nacional cresce a cada ano e artistas do cenário alternativo lançam trabalhos mais elaborados

Curitiba - O mercado de quadrinhos nacional cresce a cada ano e nunca teve tantas opções de leitura quanto atualmente. Aliás, hoje em dia há mais títulos disponíveis em livrarias do que nas tradicionais prateleiras daquela banquinha da esquina. Esse panorama também afeta o cenário independente, seara que nunca ficou parada, devida à constante renovação de quadrinhistas. A temporada trouxe bons frutos, que demonstram a evolução de simples fanzines para revistas elaboradas. Para ilustrar um pouco essa fornada de boas iniciativas, dei uma olhada em alguns destaques recentes para avaliação.

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CAFÉ ESPACIAL #5

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Já faz um tempinho que o editor Sérgio Chaves e a jornalista Lídia Basoli vêm tentado fazer da ''Café Espacial'' uma revista de entretenimento com os quadrinhos como carro-chefe. A proposta vem dando certo e a cada edição a revista fica mais consistente. Neste quinto número, o destaque fica por conta dos traços do curitibano Allan Ledo na história ''Inferno de boas intenções'' e na história ''Sabotagem'', do talentoso ilustrador Jozz. O mix, que também tem entrevistas e artigos, ainda não mantém a regularidade de uma edição para a outra, mas com certeza abrange uma gama mais ampla de leitores.

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ATO 5


O roteirista André Diniz e o ilustrador José Aguiar são experientes no mercado nacional de quadrinhos e isso está bem evidente na história que contam sobre o período ditatorial brasileiro. O tema sempre interessa e pode se desgastar de acordo com a abordagem, porém, isso não acontece aqui justamente devido à bagagem que os autores têm: ao invés de bater somente na tecla da repressão, ambos usam o ângulo do grupo do trio que supera as dificuldades dessa época por meio dos fortes laços de amizade. Diniz é enxuto e Aguiar é flexível, por isso suas alternativas de narrativa funcionam bem.

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TARJA PRETA #6


A despretensão de escrever ou desenhar o que vier na telha é uma proposta realmente tentadora para qualquer artista e talvez seja esse o sucesso da revista, que consegue reunir figurinhas conhecidas do cenário nacional de quadrinhos, como Allan Sieber, Guazelli, MZK e Fábio Zimbres, ao lado de ascendentes, a exemplo do paranaense Bennet e de André Dahmer. A mistura cômica lembra as publicações nacionais oitentistas e o deboche da Mad. No entanto, a insistência no assunto ''maconha'' às vezes incomoda, especialmente quem não vê graça nenhuma no tema. Além disso, contar a mesma piada duas vezes pode ser arriscado e o ''olhar crítico'' irônico se perde um pouco na ofensa gratuita. Apesar das limitações, é uma das publicações mais divertidas disponíveis no underground atualmente.

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MINI TOSCOMICS


Difícil encontrar algo tão simples e recreativo quanto as historinhas de Samanta Flôor no meio alternativo. Inspirada pelos quadrinhos infantis japoneses e, principalmente, por sua fértil imaginação, Samanta encontrou uma arte bem resolvida para crescer sem deixar de ser criança em pequenos momentos de graça, que se não fazer rir deixam um gostoso sorriso nos lábios. Ela procura a nona arte no olhar lúdico e consegue, com sucesso, agradar tanto os pequenos quanto os crescidinhos.

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PIECES #2


Mário Cau já vem colaborando há algum tempo para tudo quanto é tipo de publicação relacionada a quadrinhos e desta vez arrisca voo solo com uma proposta poética, mais silenciosa e gráfica do que seus trabalhos anteriores. Seus traços carregam um pouco de ''Estranhos no Paraíso'', de Terry Moore, e suas produções seguem a linha existencial urbana que tomou conta de produções nacionais independentes nos últimos anos. Assim como poesia não agrada todo mundo, ''Pieces'' também é direcionada.

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ADEUS TIA CHICA!


A exemplo de ''Tarja Preta'', ''Adeus Tia Chica!'' tem como grande mérito a despretensão e isso já começa no formato, que valoriza o cartum e também barateia a produção. O resultado é um grupo de trabalhos que combina muito bem com a proposta e isso valoriza a leitura, é muito difícil não ler tudo de uma vez só. Entre os diversos autores, destacam-se as histórias de Azeitona e Maumau, também editores; e da já citada Samanta Flôor.

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SERVIÇO


As revistas não são vendidas em bancas ou em livrarias, estão disponíveis em lojas especializadas, eventos de quadrinhos e também por meio dos seguintes sites:


- Café Espacial - www.cafeespacial.com
- Ato 5 - www.joseaguiar.com.br, www.nonaarte.com.br e www.itiban.blogspot.com
- Pieces - www.mariocau.com
- Mini Toscomics - www.toscomics.com.br e www.cornflake.com.br
- Adeus, Tia Chica! - www.azeitonailustrador.blogspot.com e www.quiosquedautopia.blospot.com
- Tarja Preta - www.cucaracha.com.br/tarjapreta


O material citado acima pode ser encontrado em Curitiba na Itiban Comic Shop (Av. Silva Jardim, 845). O telefone de lá é (41) 3232-5367.

A maior parte dos textos publicados nesta coluna foi publicada na Folha de Londrina, tanto na versão impressa quanto na virtual.


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