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Obstáculos

De estresse a medicamentos: veja 13 motivos que podem impedir o orgasmo feminino

Redação Bonde
18 dez 2014 às 08:37

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- Reprodução
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Uma pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade (Prosex), da Universidade de São Paulo, revelou que 34,6% das brasileiras sofrem com a falta de desejo sexual e 29,3% delas têm vida sexual sem orgasmo. Além disso, 92% das mulheres não costumam se masturbar.

Há vários motivos para que isso aconteça, como baixa autoestima, insegurança, bebidas alcoólicas, medicamentos e estresse. A boa notícia é que esse quadro pode ser revertido, se a mulher estiver bem informada e buscar ajuda médica ou psicológica. E você pode começar a ficar por dentro do assunto aqui, conferindo possíveis motivos que podem atrapalhar o clímax feminino. As orientações são de especialistas ouvidos pelo periódico The Sun e pelo site Minha Vida. Confira:

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Falta ou excesso de foco durante o sexo: pode até parecer que você não está interessada no momento, mas há grandes chances de a culpa ser do excesso de estresse e preocupações que bloqueiam o relaxamento. A ginecologista e obstetra Erica Mantelli conta que os fatores psicológicos que interferem na relação são até mais importantes que os físicos para a mulher. "Ela precisa estar 100% focada na relação sexual para conseguir identificar em seu corpo os locais onde mais sente prazer", afirma a médica. "A mulher depende de estímulos sonoros e táteis, diferente do homem que é excitado mais facilmente - muitas vezes apenas com estímulo visual", afirma. Procure tomar um banho, ouvir uma música ou fazer uma massagem para ficar mais relaxada.

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Já o excesso de foco também pode impedir a mulher de chegar lá. "Peça ao seu parceiro para fazer uma massagem sensual antes do sexo e aumentar sua excitação. Em seguida, experimente posições que permitem estimular seu clitóris", diz a terapeuta sexual Paula Hall.

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Estresse: de acordo com o psicólogo de relacionamentos Massimo Stocchi, o cérebro é o principal órgão sexual. Isso porque nossos pensamentos podem aumentar ou diminuir o prazer. "Se você está ocupado demais, estressado ou distraído, seu cérebro diz: ‘esqueça isso (sexo)’. Há um equilíbrio entre a parte relaxante do nosso cérebro com a parte de excitação e estimulação", explica o especialista. Por isso, você precisa se preparar antes de ir para cama com seu parceiro. Tenha 30 minutos de tranquilidade antes de começar o sexo e não se sinta obrigada a ter um orgasmo. "Se você pensa ‘eu tenho que, tenho que, tenho que’, você não vai", aconselha.


Bebida alcoólica: tudo bem que as bebidas podem ajudá-la a se soltar sob os lençóis, mas um vinho ou uma cervejinha são capazes de interromper o orgasmo. "O álcool é um analgésico que impede impulsos sensoriais. Ele é um depressor em seu cérebro e amortece o sistema nervoso simpático", conta o especialista em saúde sexual Malcolm Vandenburg.

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Fadiga: há diversas causas por trás da fadiga, desde a correria do dia a dia até problemas de saúde, como alteração hormonal, hipertensão e fadiga crônica. "Mulheres com fadiga podem perder o interesse pelas relações sexuais e iniciá-las apenas para agradar o parceiro, sem conseguir aproveitar o momento e chegar ao orgasmo", explica a psicóloga Janaína Reis. O excesso de cansaço pode ser reflexo da rotina agitada, mas se você sentir que está sonolenta e indisposta demais, converse com um médico.


Medicamentos: excesso ou falta de medicamentos podem inibir a libido, como antidepressivos, diuréticos, medicação para úlcera gástrica, para enxaqueca e até alguns anticoncepcionais. "Os anticoncepcionais inibem a ovulação e, com isso, diminuem a libido", explica Érica Mantelli. Já os outros medicamentos atuam no sistema nervoso central, diminuindo o hormônio responsável pelo prazer.

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Por outro lado, é preciso manter sua saúde em dia. Isso porque, por exemplo, o diabetes não diagnosticado reduz a lubrificação feminina devido ao baixo fluxo sanguíneo na região e a disfunção da tireoide pode afetar o metabolismo do corpo.


Falta de conhecimento sobre o corpo: muitas mulheres com dificuldade para atingir o orgasmo não conhecem o próprio corpo. Se você fica em dúvida sobre o que o seu parceiro precisa fazer para ajudá-la a chegar lá, é porque provavelmente não sabe como fazer isso sozinha. A solução é não ter vergonha do próprio corpo. "Para algumas mulheres, estimular o clitóris é o ponto mais prazeroso, mas para outras podem ser os lábios, mamilos ou a orelha", justificou a consultora de relações Kathleen Rees.

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Apego aos tabus - A psicoterapeuta Evelyn Vinocur explica que a educação rígida gera crenças falsas em relação ao sexo oposto, sexualidade, masturbação e orgasmo. "Muitas mulheres que acreditam nisso se sentem culpadas, ficam preocupadas demais e não conseguem chegar ao orgasmo", diz. Procurar um psicólogo, nesses casos, pode ser uma ótima forma de trabalhar com o medo e a tensão.


Gordurinhas extras: de acordo com um estudo recente dos EUA, até 30% das pessoas obesas afirmam que o peso atrapalha o desejo sexual e o desempenho. "Algumas condições médicas, tais como colesterol elevado e resistência à insulina, têm a capacidade de impactar o desempenho sexual. Elas podem entupir de gordura as artérias pequenas, tanto no pênis e no clitóris, prejudicando o fluxo de sangue e reduzindo a sensibilidade", explica David Edwards. Por isso, o ideal é apostar em uma dieta equilibrada e praticar exercícios.

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Medo e insegurança: "Muitas vezes, uma gravidez difícil ou experiência de nascimento traumático, ou ainda traumas decorrentes de violência sexual podem ter um impacto negativo sobre os sentimentos da mulher sobre sexo", afirma Kathleen Rees. Por isso, alguns medos também podem atrapalhar a relação e impedir o orgasmo, como fobia de fluidos genitais, pavor de doenças sexualmente transmissíveis, medo de gravidez, baixa autoestima, autocríticas e até ansiedade.


Tensão muscular: muitas mulheres acreditam que devem apenas relaxar durante o sexo, mas há uma tensão muscular que ajuda a chegar ao ápice do prazer, chamada de miotomia. Na maioria das vezes, essa tensão dos músculos é fundamental para atingir o orgasmo porque aumenta o fluxo de sangue na região. "A maioria das mulheres aprende a ter seu primeiro orgasmo incorporando uma tensão na perna, abdômen e nádega", disse Vandenburg. Portanto, deixe a mente relaxada e o corpo em alerta.

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Musculatura flácida: um fator importante para a relação é exercitar sua região íntima. Quando os músculos que sustentam sua vagina, útero, bexiga, uretra e ânus são fracos, é mais difícil acontecer o orgasmo. Comece com exercícios de Kegel, apertando e soltando os músculos dessa região, para fortalecer a área e evitar a perda de urina quando espirrar ou tossir.


Baixa autoestima: sentir vergonha do corpo a ponto de se preocupar na hora da relação sexual interfere no seu prazer. Segundo Janaína Reis a mulher com autoestima baixa tende a não se sentir à vontade para explorar o corpo por meio de toques e carícias para descobrir os pontos de prazer. Outro problema da autoestima baixa: o fingimento. "Por medo de não agradar o parceiro, a mulher finge que chegou ao orgasmo quando, na verdade, não sente", afirma a psicoterapeuta Evelyn Vinocur.


Alterações do ciclo menstrual: o prazer sexual também pode variar de acordo com o seu ciclo mestrual. "Na semana da menstruação, a libido pode ficar maior devido aos altos níveis hormonais, principalmente estrógeno e testosterona", explica a ginecologista e obstetra Erica Mantelli. Com o aumento de circulação sanguínea na região da pélvis, o clitóris também fica mais sensível e é mais fácil chegar ao orgasmo.

Uma semana após a menstruação, os níveis hormonais continuam altos e o seu corpo começa a se preparar para a ovulação - que ocorre aproximadamente 14 dias após a menstruação. No meio do ciclo, ocorre a ovulação e pode ser um período doloroso para a mulher, menos favorável à relação sexual. Já na semana que antecede a menstruação, há queda da libido e TPM, sendo uma fase bem mais difícil de chegar ao orgasmo. (Fontes: Terra e Minha Vida)


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