Comportamento

Ex-costureira paranaense constroi negócio próprio e fatura mais de R$ 70 milhões

15 fev 2017 às 14:41

Algumas pessoas afirmam que empreender é um ofício e que ter vocação é essencial. A paranaense Leiza Oliveira, hoje CEO de uma escola de idiomas, vai ao encontro desta afirmação. Aos 16 anos costurava e vendia lingeries para as amigas. Tudo começou com a matriarca Lucidia Ávila que costurava as roupas da filha e logo Leiza aprendeu a confeccionar as próprias lingeries.

As amigas e colegas do bairro começaram a se interessar e comprar as roupas íntimas. " Percebi uma forma de ganhar dinheiro e arcar com os meus estudos. Apesar de ser nova sempre quis fazer magistério. A área de educação era algo que já brilhava os meus olhos", evidencia a empreendedora.


Leiza coincidiu durante um tempo a venda de lingeries e as aulas de magistério. "Foi uma época muito feliz em que fazer a peça, vê-la pronta e colocar a minha própria etiqueta era algo fascinante. Ali notei que sabia empreender e que queira o meu negócio na área de educação, pois é a que mais me identifico", explica a CEO, Leiza Oliveira.


O começo da vida de um empreendedor não é fácil e apesar de ter o desejo de montar a própria escola, Leiza sabia da concorrência nesse segmento e também que precisava se organizar financeiramente.


De 2000 a 2007 a empresária estudou muito o ramo de idiomas, concorrentes e possíveis dificuldades antes de erguer os muros da primeira escola da rede em Porto Alegre (RS). "Sabia que sozinha seria complicado começar a minha empreitada, resolvi chamar o meu amigo e hoje sócio Augusto Jimenez e montamos o nosso sonho com muita dificuldade", frisa Leiza.


No início do negócio, o diretor e sócio da rede, Augusto vendia os cursos e dava treinamento para o comercial, Leiza administrava. Ambos limpavam a escola, dividiram marmitex e as contas. Augusto é formado em psicologia e trouxe para a escola um formato diferente de ensino: focado nas pessoas.


Leiza é formada em contabilidade e contribuiu com um bom planejamento financeiro. A fórmula deu certo: em menos de um ano a escola já tinha mais de 1000 alunos e precisava de um novo espaço.


"Com o boom do crescimento precisávamos de um espaço maior e de pessoas nos ajudando. Conversamos, estudamos o ramo do franchising e percebemos que seria uma ótima opção. Em 2008 começamos a franquear e vários dos nossos funcionários viraram franqueados na rede", explica o sócio Augusto Jimenez. De 2008 para 2017 a rede expandiu para as 5 regiões do país e tem 72 unidades operando.

"O ser humano tem a capacidade de assimilar o conhecimento por meio visual, auditivo e leitura. Nós agrupamos num leque essas 3 formas de aprendizado e, é por isso que unimos tecnologia ao ensino tradicional. A ideia é que o aluno tenha um conteúdo lúdico, troca de experiência com os docentes, tanto presencial quanto online, e perceber que independente da idade aprender um novo idioma fará bem para expandir o cérebro e a forma como enxerga o mundo", finaliza a empresária.


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