Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Não desista...

Mulheres enfrentam dificuldades para amamentar

Vivian Fukushima - Folha da Sexta
12 nov 2010 às 09:41

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A dentista Maura Higasi passou por um problema bastante comum entre as mães de primeira viagem: fazer o bebê mamar corretamente. No primeiro mês de vida de seu filho, Daniel Higasi, hoje com um ano e três meses, ela teve fissuras no bico do seio e sentiu dores. "Daniel não pegava o seio corretamente, que é abocanhar a maior parte da auréola e não só o bico, por isso eu sentia dor", conta.

Devido ao problema, Maura decidiu procurar a ajuda de profissionais especializados. "Em nenhum momento pensei em desistir, e assim que recebi a orientação de como amamentar corretamente, não tive mais dificuldades". Segundo ela, esse apoio é muito importante para a mãe se sentir segura na hora de dar de mamar. "Sei da importância que é para a criança ser alimentada com leite materno, por isso aconselho às mães que têm dificuldades procurarem ajuda para continuar com a prática. Meu filho ainda suga o peito e quero amamentá-lo até os dois anos de idade", diz.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O jeito certo

Leia mais:

Imagem de destaque
Horóscopo

Veja o que setembro reserva para seu signo

Imagem de destaque
Eleições

Eleitor tem até 4 de maio para solicitar título

Imagem de destaque

Milagre é reconhecido, e Papa João Paulo I será beatificado

Imagem de destaque
Por assédio

Funcionária que denunciou presidente da CBF diz ter pensado que ia morrer


Um estudo do Centro de Referência Estadual em Bancos de Leite Humano do Piauí, apresentado em um congresso de bancos de leite em Brasília, mostrou que muitas mulheres têm dificuldades na hora de amamentar.

Publicidade


A pesquisa avaliou 1.800 mulheres que deram à luz entre fevereiro e março deste ano. Do total, 435, ou seja, 24%, apresentaram algum problema no aleitamento, sendo os mais comuns as mamas cheias demais, baixa produção de leite, fissura no bico do seio e dificuldade no posicionamento do bebê.


De acordo com Márcia Maria Benevenuto de Oliveira, coordenadora do Banco de Leite do Hospital Universitário de Londrina, as dificuldades são decorrentes do histórico da amamentação. Ela conta que de 1900 a 1970, houve um apelo comercial muito forte em cima do leite em pó, o que fez com que muitas mães, até aconselhadas por profissionais de saúde, trocassem o peito pela mamadeira. Essa ação, segundo Márcia, provocou um aumento da mortalidade infantil, o que forçou os profissionais da área a trabalharem o resgate da prática do aleitamento materno. "Mudar um paradigma é o mais difícil. E junte a isso o fato de hoje vivermos em um mundo em que o conceito da estética é muito forte. Muitas mulheres ainda têm receio de amamentar por acreditar que a mama vai ficar flácida, o que não é verdade", diz.

Publicidade


A coordenadora afirma que outro problema bastante comum é a falta de apoio de profissionais e da família. "Nenhuma criança nasce sabendo mamar. Ela precisa abocanhar a auréola corretamente, estar acordada e com fome. Tudo isso interfere na amamentação, e nós, da área da saúde, estamos aqui para orientar a mãe que passa por essas dificuldades". Algumas condições socioambientais também podem ajudar ou atrapalhar o ato de alimentar o bebê. "O que acontece bastante é uma mulher que vem de uma família em que a mãe e a avó não amamentaram e, por isso, ela coloca na cabeça que também não conseguirá, o que está totalmente errado", diz.


Márcia argumenta que, ao contrário do que muitas mães pensam, não existe leite fraco. O que acontece é a sua rápida digestão, uma vantagem para o bebê, porém, as mães mal-informadas vêem isso como algo negativo, já que, por esse motivo, a cada duas ou três horas a criança sente fome novamente. "É aí que elas optam pelo leite de vaca, que demora até quatro horas para ser digerido pelo organismo do bebê", explica. Quanto à baixa produtividade do leite, Márcia afirma que pode acontecer, principalmente em duas situações: quando o bebê usa chupeta e quando ele não suga a cada duas ou três horas. Em relação às dores e fissuras, ela explica que em 90% dos casos é consequência de uma pegada errada.

Publicidade


"Amamentar é importantíssimo tanto para o bebê quanto para a mãe, mas não é fácil. No entanto, apesar das dificuldades, hoje, a grande maioria das mulheres tem esse desejo. O Brasil tem trabalhado muito para estimular o resgate dessa prática, e acredito que estamos conseguindo", diz.


Preparação é fundamental


Apesar da pouca idade, Jéssika Verônica da Silva, de 18 anos, já passou por uma das experiências mais marcantes para uma mulher: ser mãe. E no quesito amamentação está fazendo um ótimo trabalho. "Quando minha filha nasceu, começou a mamar já na sala de parto. No início senti uma certa sensibilidade, mas logo passou", conta a mãe da pequena Ana Beatriz, de dois meses.

A estudante explica que é comum a mulher ficar insegura na primeira mamada do bebê, mas o apoio e a orientação da família, que deve começar antes mesmo do nascimento, é essencial para que tudo corra bem. "Como minha mãe é enfermeira, ela sempre me alertou em relação à importância do leite materno. Acho que isso me ajudou muito. Hoje, até doo leite e aconselho as mães fazerem isso também. É o alimento mais importante para o bebê", diz.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo