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No limite da emoção

Mulheres são as mais afetadas pela personalidade Borderline. Já ouviu falar?

Redação Bonde*
11 set 2015 às 11:14
- Reprodução
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Amar ou odiar demais as pessoas que vivem ao redor, viver sob constante medo de ser abandonado e construir ou destruir relações sociais com facilidade são algumas características de pessoas que sofrem do Transtorno de Personalidade Borderline, também conhecido como Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável. O problema acomete cerca de 3% da população brasileira, sendo mais frequente em mulheres, que representam 80% do total de pacientes.

Quem tem esse transtorno de personalidade vive constantemente nos limites das emoções, sofrendo e causando danos às pessoas do seu circulo de convivência, pois apresentam um padrão instável e intenso nas relações pessoais.

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As principais características de uma pessoa Borderline são:

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Sentimentos exacerbados -Amam ou odeiam demais as pessoas que estão ao redor, o que causa desconforto e desgaste emocional ao paciente e às pessoas que o rodeiam;

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Medos - As pessoas que sofrem com o Transtorno de Personalidade Borderline são assombradas com o medo do abandono e fazem esforços intensos para evitar que o fato ocorra. Por exemplo: um familiar, amigo ou cônjuge que precisa se ausentar para uma viagem de trabalho pode ser interpretado pela pessoa como uma tentativa de abandono;


Impulsividade - Atitudes impensadas são comuns nos pacientes que sempre se arrependem posteriormente ao ato. Frequentemente colocam-se em situações de risco;

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Compulsividade - Compulsões para compras, uso de álcool e drogas, direção perigosa e sexo.


Atenção - A necessidade de ser o centro das atenções é constante e a ideia de serem deixados de lado pode provocar reações exageradas como ameaças, chantagens e até mesmo tentativas de suicídio;

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Automutilação - há pacientes que são autodestrutivos e podem se automutilar com cortes em membros superiores com a intenção de se matar, aliviar o sofrimento mental, manipular situações ou até mesmo para sentir prazer com a dor.


O Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável muitas vezes é confundido com o Transtorno Bipolar, pois a pessoa é extremamente reativa a fatores externos, ficando feliz, triste ou irritada dependendo do ambiente, porém, diferentemente do paciente bipolar, a variação de humor do Borderline é fugaz e em reação a um evento bom ou ruim.

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O tratamento para o transtorno é medicamentoso e psicoterápico, ou seja, é indispensável a associação da medicação para controlar as compulsões, impulsões, oscilações de humor em conjunto com a psicoterapia para trabalhar o funcionamento psíquico do paciente e entender a fundo os medos e desenvolver um melhor autocontrole.


Outro ponto importante é a estruturação emocional da família para lidar com o transtorno, uma vez que o Borderline causa danos à pessoa e aos que estão ao redor. O apoio de um terapeuta familiar é importante para direcionar como ser claro nos limites sem passar agressividade e raiva, pois isso tende a piorar o quadro do paciente, como não passar informações contraditórias e como desenvolver um controle maior, pois os pacientes tendem a levar os familiares ao limite emocional.

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A patologia precisa ser encarada com seriedade, pois as tentativas de suicídio são frequentes nesses pacientes e cerca de 10% deles realmente efetivam o suicídio, pelo fato de se sentirem desafiados pelos familiares e amigos que menosprezam as inquietações psicológicas.


As pessoas que sofrem com esse transtorno de personalidade são muito suscetíveis às emoções, amam demais e sufocam os que estão ao redor, odeiam demais, prejudicando as relações pessoais, têm medo de serem largadas, oscilam de humor constantemente, desenvolvem compulsões que causam danos à saúde e por fim o que elas precisam é de tratamento adequado, de pessoas bem orientadas e carinho.


Doenças psiquiátricas precisam ser levadas a sério, pois envolvem questões complexas como a dinâmica familiar e a vida!

*Por Douglas Motta Calderoni, médico psiquiatra e sócio-fundador da clínica Sintropia.


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