O mundo nem sempre foi majoritariamente monogâmico. Houve um tempo em que mais de 80% das sociedades eram poligâmicas. Para um estudo realizado na Universidade de Waterloo, no Canadá, essa mudança de comportamento, em que apenas duas pessoas compartilham uma vida juntos, veio quando as sociedades começaram a se aglomerar em civilizações e também com o aumento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
As pesquisas apontaram que, em mais de 2 mil simulações, o surto das doenças era maior. Essas simulações calculavam a relação entre o tipo de relacionamento predominante, a incidência das DSTs e a variação no tamanho da população ao longo de 30 mil anos.
Esse resultado pôde ser obtido por conta da variação populacional que caiu bastante graças a infertilidade que essas doenças ocasionam. Isso foi fator importantíssimo para que a população percebesse que era melhor manter uma relação a dois, por questão de sobrevivência. A pesquisa mostrou também que nas comunidades que reprimiam os poligâmicos os níveis de fertilidade eram maiores.
A pesquisa ajudou a compreender como a monogamia se tornou um padrão social tão forte. Foi possível constatar que ter mais que um parceiro sexual só se tornou imoral graças a propagação de doenças. (Com informações de Revista Superinteressante)