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Envelhecimento

Após 30 anos, China vai rever política do filho único

Redação Bonde*
04 abr 2011 às 12:59

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A falta de mão de obra aliada ao crescente envelhecimento da nação faz a China repensar conceitos sobre natalidade - Reprodução
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O Congresso Nacional do povo chinês apreciará nos próximos dias a questionada Política do Filho Único, que vigora há trinta anos no país. A razão para a revisão da lei é o rápido envelhecimento da população, que passou a despertar a atenção da cúpula governamental.

O motivo que levou o governo a permitir que os casais, de agora em diante, possam ter dois filhos, proibindo a gestação de três, decorreu, sobretudo, da falta de mão de obra que afeta a economia nacional. Segundo dados recentemente conhecidos, a força do trabalho com idades entre 28 e 48 anos tende a reduzir à metade em 10 anos.

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Até hoje o alto custo para criar um filho em cidades de elevado porte, como Xangai e Pequim, constitui o motivo principal do controle de natalidade, conforme proclamou o Comitê de Recursos Populacionais do Congresso. Esta limitação somente é aplicada nos centros urbanos, pois na área rural admiti-se um segundo filho caso o primeiro seja do sexo feminino.

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Conforme dados emitidos pelos órgãos estatais, nas últimas três décadas foram realizados cerca de 265 milhões de abortos, o que normalmente ocorre após o segundo trimestre da gravidez, quando o sexo já está definido. O número é elevado porque há por parte dos pais uma preferência por filhos do sexo masculino.

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A China tem uma população de 1,35 bilhão de habitantes, correspondente a 20% da totalidade mundial. Quando a limitação imposta pelo governo é transgredida pelo casal, os infratores ficam sujeitos a uma das cinco punições: perda da colheita, dos animais, dos móveis, além da demolição de casas e até mesmo prisão.


O premiê chinês Wen Jiabao deflagrou um processo de erradicação da pobreza elevando a contribuição atualmente concedida às camadas destituídas de recurso, que se concentram no oeste da China. A pretensão daquele líder é de que a renda familiar passe a crescer em média 7% ao ano até 2015.

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Além dessas diretrizes, ora implantadas, há também interesse pela desaceleração do crescimento econômico, com o aumento de investimento em pesquisas, notadamente na área ambiental.


Embora os governantes chineses afirmem que 70 milhões de pobres vivam com menos de US$ 182 por dia, esses dados são repelidos pela ONU, ao divulgar a existência de 150 milhões de chineses, subsistindo com renda inferior a US$ 1 por dia, ou seja, abaixo da linha da pobreza.


A repercussão da proposta de Wen Jiabao em alterar a Política do Filho Único ensejará ainda muitas controvérsias, refletindo em outros países, pois importará em tornar ainda mais acentuada a sua liderança, em confronto com outras potencias mundiais.

*Por Aristoteles Atheniense, advogado e Conselheiro Nato da OAB ([email protected]).


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