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Cirurgia plástica

Lipoaspiração chega aos 32 anos como a mais procurada

Redação Bonde
30 dez 2010 às 11:08

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- Reprodução
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O procedimento que chegou ao país em 1980, através do médico francês Yves Gerard Illouz , é hoje um dos mais procurados no Brasil. Considerada por muitos médicos brasileiros uma técnica absurda e perigosa, a lipoaspiração, também conhecida pelas variantes de Lipolight, Minilipo e Lipo Pró Curva passou por problemas nos primeiros anos, mas conseguiu superá-los e chegar ao século XXI como a grande musa da cirurgia plástica nacional.

Este ano, a lipoaspiração completa 32 anos e continua entre as cirurgias mais requisitadas no país. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 40% dos pacientes procuram pela lipoaspiração.

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De acordo com o cirurgião plástico Cláudio Bicudo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a maior mudança no procedimento no decorrer destes anos foi à variação do tamanho da cânula. "As cânulas de aspiração ficaram mais finas e com isso trouxeram uma maior segurança e melhores resultados para as cirurgias" esclarece o médico lembrando que antes da lipoaspiração, a retirada de gordura localizada deixava no paciente uma extensa cicatriz que era indesejada por todos os clientes, em sua maioria mulheres.

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"Nesses 32 anos, muita coisa mudou em termos de tecnologia de sucção e calibre da cânula utilizada na cirurgia. No início, os orifícios para a sucção eram maiores, o que causava mais traumas no tecido do paciente. Hoje em dia, com cânulas que variam entre 2 e 5 milímetros, é possível mais precisão e menos tempo de cirurgia", afirma Bicudo.


Cláudio Bicudo, que realiza em média 30 cirurgias mensais em suas clínicas em Niterói e Ipanema, no Rio de Janeiro, conta que hoje em dia o perfil das clientes é muito distinto. "Temos pacientes muito jovens querendo realizar pequenas intervenções assim como temos pessoas de todas as idades recorrendo a lipo, que é um procedimento muito seguro desde que realizado por profissionais sérios e competentes" diz o cirurgião.

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Procedimento complementar


A procura por um corpo ideal leva o Brasil ao fantástico ranking de estar entre os países onde a lipoaspiração é mais realizada no mundo. Um fator importante de ser citado é que ela pode ser associada a outros procedimentos fazendo com que a procura seja maior ainda. "Quando fazemos um lifting facial podemos associar uma lipo de pescoço e a mesma coisa quando realizamos uma plástica de abdômen, associamos quase sempre a lipoaspiração" revela o médico lembrando que o procedimento complementa muitas outras cirurgias, trazendo resultados melhores e facilitando muitas vezes o resultado final.

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Apesar de cada vez mais moderna, a procura excessiva pelo procedimento também pode ser perigosa. "A melhor forma de prevenir cirurgias desnecessárias é conscientizar as pessoas de que a lipoaspiração não emagrece, ela apenas retira gordura localizada", explica o médico, que condena a megalipo, que tem como objetivo extrair até 10 litros de gordura de uma única vez. "Acredito que o nome megalipo seja uma contradição com os princípios básicos da lipoaspiração já que o objetivo inicial da lipo é eliminar gordura e não emagrecer" conclui.


Profissional habilitado

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Para aqueles que pretendem recorrer à cirurgia, Cláudio Bicudo aconselha a procurar um cirurgião plástico que pertença à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e também a procurar referências deste médico. "Depois de escolher o cirurgião é fundamental que o paciente faça uma avaliação médica para saber se não existe impedimento laboratorial para a cirurgia e anestesia. A lipoaspiração deve ser realizada em um centro cirúrgico com todos os recursos necessários. É preciso realizá-la com cuidado, sem retirar grandes volumes e prejudicar a saúde do paciente" completa. O especialista também recomenda que após a cirurgia o paciente mantenha uma dieta equilibrada e faça tratamentos complementares, a fim de preservar os resultados obtidos na lipo. "O segredo para obter um resultado satisfatório após o procedimento é o paciente procurar manter seu peso ideal e sempre que possível tratar a área lipoaspirada com procedimentos como drenagem linfática, endermologia, carboxiterapia, entre outros", finaliza.


Médico criou lipo para a namorada


A lipoaspiração foi inventada em 1978 por Illouz com o intuito de agradar a uma atriz francesa que ele namorava. A moça — que ele jamais revelou o nome — adorava usar decotes, mas tinha vergonha por ter um nódulo de gordura nas costas. Depois de pensar em um jeito de remover o nódulo sem deixar cicatriz, Illouz teve a idéia de sugar a gordura através de uma cânula. Mas, antes de experimentar na namorada, treinou em gordura animal, comprada em açougue, por quase três meses.

A técnica não demorou a chegar ao Brasil. Dois anos depois, em 1980, Illouz participou de Congresso em Fortaleza, onde apresentou a lipo aos brasileiros. Para convencê-los, propôs uma demonstração na geógrafa Maria Edith de Araújo Pessanha, que conheceu num jantar no Rio. Quando soube do motivo da vinda do médico ao Brasil, Maria Edith foi a primeira a se oferecer como ‘cobaia’ para aquela que seria a 1ª lipo feita no país. A cirurgia foi realizada no Hospital dos Servidores do Estado (HSE). "Naquela época, eu não ia à praia porque tinha vergonha de usar biquíni. Tinha complexo das minhas pernas. Até pensei em fazer plástica, mas tinha medo da cicatriz. Depois que fiz a lipoaspiração, superei meus complexos e recuperei minha autoestima. Nunca mais fiz outra operação. Me exercito andando na bicicleta ergométrica", recorda Maria Edith.


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