Um dado divulgado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) demonstra como é importante que mulheres realizem exames preventivos de forma regular. De acordo com a instituição, cerca de 60% dos exames de papanicolau feitos no país apresentam índices falsos no resultado final, ocultando doenças graves como câncer de colo de útero que, se detectadas em sua fase inicial, seriam tratadas com sucesso.
Farmacêuticos e médicos acreditam que a margem de erro é grande na etapa do exame visual, que se dá pela observação das células doentes nas lâminas que recebem o material colhido das pacientes. Quando feito de modo incorreto, a visualização de possíveis alterações fica comprometida. Por isso, o exame só é eficiente se feito rigorosamente todos os anos, pois, assim, doenças que não puderam ser detectadas em sua fase inicial podem ser diagnosticadas em anos posteriores.
Diante destes resultados, médicos e autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS), vêm buscando alternativas para minimizar o problema e melhorar o rastreamento do câncer de colo do útero que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o segundo que mais mata mulheres no mundo. Alternativas como a combinação de papanicolau e inspeção visual com ácido acético (VIA) e a vacina contra o HPV são algumas das novidades que estão em análise pelos órgãos mundiais de saúde.