Completando 50 anos de história, a pílula anticoncepcional foi um dos grandes motores da revolução sexual em todo o mundo. A partir da sua invenção e comercialização, a sociedade ganhou, sem sombra de dúvida, uma poderosa arma contra a gravidez indesejada.
Muitos avanços depois, em pleno século XXI, a mulher moderna encontra à sua disposição, não um, mas vários tipos de pílulas com características diversas que deram a ela uma nova possibilidade: decidir, não apenas pela maternidade, mas também pela interrupção da menstruação.
Um assunto controverso a respeito do qual ainda pairam muitas dúvidas. De acordo com Rogério Bonassi, presidente da Comissão Nacional de Anticoncepção da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), não há motivo para preocupação. "Se a mulher optar, a suspensão da menstruação através do uso contínuo da pílula não traz nenhum problema ao organismo", afirma.
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Métodos
O especialista esclarece que, além da pílula anticoncepcional, existem outras opções para cessar o fluxo menstrual. Uma delas é o implante subcutâneo de progesterona, aplicado sob a pele do braço. Há ainda o Dispositivo Intrauterino hormonal, a injeção trimestral de progesterona e as mini-pílulas, que também são de progesterona e que, se usadas ininterruptamente, são igualmente eficazes.
Mas Bonassi alerta que, em cerca de 40% das mulheres que fazem esses tratamentos, o sangramento menstrual não cessa completamente. "As contraindicações existem, mas em relação à pílula, por exemplo, são as mesmas para quem toma de maneira contínua ou para quem respeita a pausa de 7 dias", explica. Mesmo com algum sangramento, a mulher já se sente melhor porque tem menos episódios de menstruação intensa.
Segundo ele, em alguns casos, não menstruar também deixa de ser uma questão de escolha e se torna uma forma de tratamento. Para as mulheres, por exemplo, que sofrem com os fortes sangramentos comuns na endometriose, cessar a menstruação é recomendada e traz benefícios. "Outra vantagem é que não menstruar ajuda na melhora dos sintomas pré-menstruais, como a cefaleia e a TPM", afirma.
E as mulheres podem ficar tranquilas quanto à gravidez. Bonassi esclarece que assim que interrompidos, os métodos hormonais citados acima deixam de fazer efeito no organismo e, em cerca de 4 ou 5 meses, já é possível engravidar naturalmente.
Com tantas opções, a mulher moderna passou a ter liberdade de fazer suas escolhas quanto à menstruação. Se o incômodo é muito grande, ela pode optar por métodos que amenizem esse problema e que possam tornar a vida mais agradável e confortável.
Para terminar, é importante conversar bastante e tirar todas as suas dúvidas com o ginecologista, peça fundamental para que sua escolha seja a melhor possível. (As informações são do Minha Vida)