Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Bastidores da moda

Conheça o universo paralelo da São Paulo Fashion Week

Agência Estado
16 mar 2017 às 09:02

Compartilhar notícia

- Reprodução/Instagram
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A cidade estava parada, com trânsito caótico, quando começou o primeiro desfile da São Paulo Fashion Week nesta quarta-feira, 15, apresentado em uma loja de design da Rua Gabriel Monteiro da Silva. Mas a movimentação nas passarelas seguia alienada, enquanto o mundo lá fora pegava fogo com a interrupção nos serviços de transporte em manifestação às reformas.

Focada em sua clientela de mulheres bem-sucedidas, a estilista Giuliana Romanno apresentou uma coleção rica, com calças de alfaiataria, maxicolete, maxiparka, camisas de seda, além de uma linha de roupas de noite baseada em tecidos metalizados e finos. Tudo com uma modernidade elegante, reforçada pelo sapato baixo e pela botinha de camurça e couro.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Giuliana é uma das estilistas mais refinadas da atualidade. Sua roupa é cara (um vestido custa em média R$ 2 mil), mas tem design criativo e acabamento de primeira.

Leia mais:

Imagem de destaque
Veja os vídeos!

Blogueira da Zona Norte de Londrina se destaca em reality show falando sobre moda

Imagem de destaque
O que achou?

Bruna Marquezine usa look de R$ 70 mil no lançamento de série e divide opiniões

Imagem de destaque
Adivinhe qual!

Meryl Streep usa roupa de marca brasileira na nova temporada de 'Only Murders in the Building'

Imagem de destaque
Demna Gvasali

Balenciaga renova contrato de estilista acusado de apologia à pedofilia; relembre polêmicas


À tarde, os desfiles seguiram no prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera, com a coleção da carioca Isabela Capeto. A ideia da estilista foi colocar uma lente de aumento no regionalismo e nas tradições culturais do Cariri cearense para criar as peças desta temporada.

Publicidade


Depois de visitar a região nove vezes só no ano passado, Isabela apostou no bordado artesanal, que por si só já é um resgate da tradição local. Destaque para o floral impactante, que remetia à vivacidade da chita e foi exibido ao lado de um poá delicado, em saias e vestidos longos. Tecidos como o algodão, a seda e o tule proporcionaram um movimento suave às roupas.


Com a mesma temática regional, a estilista mineira Fabiana Milazzo fez sua estreia no evento. Famosa entre as marcas de moda festa, Fabiana investiu no trabalho de artesãos do Instituto Tecendo Itabira (MG) e desenvolveu peças com desenhos orgânicos misturados a símbolos das cidades históricas de Minas, das comunidades do Rio e da obra de Oscar Niemeyer. A sequência final de vestidos off white, com bordados e aplicações, foi o ponto alto da apresentação. Peças em jeans com tiras reaproveitadas misturadas a lã e a pedrarias fizeram um contraponto casual às roupas de organza e chiffon. A top Isabeli Fontana participou do desfile.

Publicidade


Em uma outra corrente, a marca de roupas fitness Memo trouxe uma coleção feita em parceria com a estilista Lilly Sarti. Ponto para o sportswear cheio de bossa, com direito a jogging (conjunto esportivo) cheios de babados e saias longas de moletom. O maxianorak, um tipo específico de casaco longo, também chamou atenção, fazendo um jogo de proporção interessante com calças compridas e ajustadas.


Elementos e tecidos do activewear, aliás, já podem ser apontados como uma das grandes tendências. Fios metalizados como o lurex, o decote de um ombro só e as botas pesadas, tipo coturnos, são outras certezas das passarelas até aqui. No que diz respeito ao padrão de beleza dos modelos, a novidade é que, finalmente, os estilistas estão apostando em biotipos mais diversos.


O número de jovens modelos negros aumentou visivelmente no elenco de quase todas as marcas. A estética andrógina, ou sem gênero, é um movimento forte. Há pessoas mais velhas na passarela também, ex-modelos na faixa dos 40, 50 e 60 anos. Ainda assim, a diversidade surge mais como pano de fundo do que como causa a ser defendida.

Enquanto os desfiles de Nova York causaram comoção fazendo críticas políticas (o alvo foi Trump), a maior parte das marcas nacionais parece preferir o muro do que lançar mensagens políticos ou sociais. Não à toa, o que rolou nas passarelas ainda não reverberou muito nas redes sociais. Nem nas ruas tumultuadas da cidade.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo