Comportamento

Motorhome é a nova febre do Brasil em meio à pandemia

27 ago 2021 às 10:26

Falar sobre motorhome é uma tendência muito tradicional nos Estados Unidos. Afinal, já mostravam os filmes dos anos 2000: as pessoas viviam em trailers e viajavam por todos os lugares – normalmente, as mais velhas. No entanto, a tendência também chegou ao Brasil: nos últimos anos, cada vez mais pessoas de todas as idades investem na criação de motorhomes para viajar pelo país.


Esse fato também ficou mais presente por causa da pandemia. Com cerca de 10% da população brasileira em home office, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou mais fácil viver viajando: basta ter em mãos notebook e acesso à internet. Essa flexibilidade fez com que mais e mais pessoas fossem em busca de motorhomes – muitas vezes, produzidos do zero. 


Assim, os brasileiros têm aproveitado trailers, kombis e até mesmo ônibus aposentados para criar um espaço que funcione como uma casa totalmente funcional sobre rodas.


Motorhome, uma tendência para todas as idades


A tendência cobriu perfeitamente uma lacuna deixada pela pandemia: a necessidade de uma estrutura barata para viajar, equipada e longe de aglomerações. Foi nesse contexto que o motorhome ganhou mais vida: além de já ser o transporte, ele também serve como acomodação, sem a necessidade de um pagamento mais caro em uma pousada.


O aumento foi percebido por algumas das empresas que fabricam veículos nesse estilo. Em entrevista ao Estadão, Leônidas José Fleith, diretor do Grupo Fun, destaca que houve mudança no perfil de compradores. “Cerca de 60% a 70% dos clientes estão comprando pela primeira vez (trailer e motorhome)”, comenta. Ele também destaca que houve uma redução na faixa etária em busca desse estilo de veículo. “Antes, a maioria do público era formada por aposentados. Hoje, há casais na faixa dos 30, 40 e 50 anos”, completa.


Um estilo de vida que não pede a compra do veículo

Vale destacar que já são comercializados aluguéis de motorhomes no Brasil. Há empresas no mercado que cobram uma diária para o aluguel desses veículos, e, ainda que ela não seja tão barata, é uma boa alternativa para viajar.

Além disso, há também quem prefira montar uma estrutura que não fique necessariamente mesclada ao veículo, mas que possa ser “puxada” por ele. São casos de construções sobre rodas que se locomovem por meio do engate de reboque, ou seja, ficam à parte do veículo principal e podem ser desvinculadas.

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