A modelo Shanina Shaik, que desfilou para a Victoria's Secret cinco vezes desde 2011, revelou em entrevista ao jornal australiano The Daily Telegraph, publicada na terça-feira (30), que o desfile da tradicional marca de lingeries não acontecerá em 2019. A empresa ainda não confirmou a informação, mas já havia informado em maio que a apresentação não seria transmitida pela TV, pela primeira vez em quase 20 anos.
A possibilidade do desfile acabar tem forte impacto no mundo da moda. O evento ocorria anualmente desde 1995 e é conhecido também por receber importantes celebridades, como Rihanna e Justin Bieber. Tornar-se uma "angel" (modelo do desfile) era o ponto alto na carreira de qualquer modelo.
De acordo com informações da revista Vogue, a audiência do desfile estava caindo. Em 2013, o evento foi visto por 9,7 milhões de expectadores, número que caiu para 3,3 milhões em 2018. O anúncio de que o desfile não seria televisionado este ano veio acompanhado da justificativa que a marca estaria "dando uma nova olhada em cada aspecto do negócio, evoluir e mudar para crescer".
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O setor de vendas também está abalado: em 2018, as ações da L Brands (grupo formado pela Victoria's Secret, pela PINK e pela Bath & Body Works) caíram 41% devido à desaceleração das vendas na linha de lingeries. No mesmo ano, foram fechadas 30 lojas da marca – para 2019, a previsão é que outros 53 endereços encerrem as atividades.
Além disso, o desfile passou a receber muitas críticas pela falta de diversidade na passarela. A a top plus size Ashley Graham está entre as que mais criticavam o evento.
Com informações da revista Vogue