Hospitais e maternidades públicos e privados de Londrina passaram a contar com a presença de doulas a partir da lei municipal n° 13.259, sancionada pelo prefeito Marcelo Belinati sancionou, nesta segunda-feira (27).
Na sanção da lei, o prefeito destacou que as doulas são muito importantes pelo suporte individualizado que prestam às gestantes. “Vocês realizam um trabalho que envolve apoio emocional e orientação em todos os sentidos. Tenho certeza que Londrina vai ganhar muito com essa lei”, afirmou.
Marcelo frisou também que a Maternidade Municipal Lucilla Ballalai está sendo reformada e ampliada e realiza, em média, 266 partos por mês. A Maternidade Municipal é a unidade exclusiva na cidade para atender, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mulheres com gravidez de risco habitual.
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“Nossa Maternidade terá ar condicionado e televisores em todas as salas, vai praticamente dobrar sua área construída. Estamos revolucionando a saúde em Londrina, em uma linha de humanização para diminuir a angústia das pessoas em momentos tão delicados. E essa Lei das Doulas vem ao encontro dessa humanização”, comentou o prefeito de Londrina.
A lei autoriza a presença das doulas em maternidades, casas de parto e estabelecimentos hospitalares similares das redes pública e privada, em Londrina. As doulas podem comparecer nesses locais sempre que solicitadas pela parturiente, durante o trabalho de parto, o parto e no período pós-parto imediato.
O vice-prefeito, João Mendonça, relatou que suas duas filhas tiveram doulas em suas gestações. “Minhas filhas foram acompanhadas pela doula, que hoje faz parte da família. A mulher ganha uma atenção muito especial antes, durante e após o parto; é algo que não dá para abrir mão”, disse.
Representando as profissionais, Tami Somera agradeceu ao prefeito por sancionar a lei, e citou que a autorização para que as doulas frequentem as unidades da rede pública e privada vai permitir o acolhimento de todas as mulheres que precisarem. “Essa lei é um ganho maravilhoso. Nosso trabalho começa durante o pré-natal, porque uma mulher bem informada tem melhores experiências de parto. A ideia é que a gente possa preparar a gestante, cuidar dela e mostrar os benefícios do parto normal. Muitas ainda têm medo do parto normal e é preciso divulgar que, pelo contrário, ele faz bem para a mulher e para o bebê. Mas é preciso suporte, e é isso que as doulas oferecem ao longo dessa trajetória”, reforçou a Tami Somera.
A autora do projeto que foi convertido na lei n° 13.259, vereadora Daniele Ziober, também acredita que a cidade terá um grande avanço com a legislação. “É um momento muito marcante para as mulheres, que seremos beneficiadas pelo trabalho incrível que as doulas fazem, e envolve acompanhamento pré, durante e pós-parto. Nós temos o direito de ter uma pessoa de confiança, preparada para nos dar suporte físico e psicológico. Vejo essa sanção como um marco, onde o prefeito Marcelo Belinati, mais uma vez, escuta os vereadores e é sensível a todas as causas”, concluiu.
Dentre os presentes na sanção da lei, estava Marília Bittencourt, de 39 anos, a primeira doula de Londrina. Enfermeira de formação, Bittencourt atua como doula desde 2009, e atualmente cursa a residência em Enfermagem Obstétrica da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Também participou o secretário municipal de Governo, Alex Canziani.