Mulher

Menos da metade das mulheres se sentem representadas na publicidade

20 abr 2021 às 16:23

A representação das mulheres na publicidade não as tem contentado. O projeto #ShowUs visa compartilhar fotografias, através da Getty Images, abraçando todos os tipos de beleza e formas de corpos. O movimento intenciona quebrar os estereótipos de beleza, para que a mídia e os anunciantes reflitam sobre uma experiência e representação autêntica da mulher.


Além da Getty Images, outras marcas se juntaram no movimento para mostrar mulheres de todos os cantos do mundo com uma visão inclusiva de beleza e uma variedade ampla de modelos. A plataforma fez com que aumentasse a busca dos termos "mulher real”, "beleza natural” e "corpo positivo”. Novos termos também começaram a aparecer, como "mulher autêntica” e "sem retoques”.


Mesmo assim, após dois anos do projeto, uma pesquisa realizada por eles demonstrou que somente 43% das mulheres no Brasil se sentem representadas na publicidade e apenas 23% afirmaram se sentir bem representadas na publicidade. Muitas mulheres também se sentem discriminadas pelo formato de seu corpo ou pela maneira como se vestem. Ainda há muito trabalho a ser feito para que as agências e marcas abracem a ideia e passem a incluir mulheres de diferentes idades, etnias e formas de corpo.


As imagens da biblioteca foram feitas por 200 fotógrafos, e mais de 85.000 mulheres e indivíduos não-binários se interessaram em participar. A luta pela quebra de estereótipos continua, e o projeto objetiva continuar crescendo e dando mais visibilidade para todos os tipos de mulheres. Em uma segunda etapa do projeto, foram oferecidos apoios financeiros e mentoria para fotógrafas e cinegrafistas de comerciais para possibilitar que criem histórias visuais inclusivas.


O projeto coloca as mulheres atrás das câmeras e dá oportunidade para fotógrafas exprimirem o seu olhar. A real diversidade pretende mostrar as mulheres sem cenários artificiais. O projeto também abraça a luta pela queda da distorção digital, mostrando a realidade sem filtro. Com esta visão, a esperança é de que mais e mais marcas entrem neste movimento.

Com todo esse engajamento, as mulheres esperam ser representadas como elas são. Aquelas que se sentem discriminadas como se vestem podem reverter a situação e terem orgulho de usar as calças, as blusas, os vestidos ou até as gravatas que quiserem. Assim, o intuito é que a vida real seja refletida na publicidade e vice-versa. A onda da mudança vai sendo impulsionada pelo projeto, mas ainda precisa que os anunciantes se envolvam em levar o movimento adiante.


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