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Distanciamento

Má qualidade do sono afeta imunidade: veja como resolver

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
09 jul 2020 às 10:55

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- Reprodução/Kinga Cichewicz/Unsplash
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Com o avanço da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, a principal recomendação para evitar a transmissão da doença é ficar em casa. Contudo, o isolamento social provocado pela pandemia pode ter forte influência sobre sintomas da ansiedade, além de interferir na qualidade do sono.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a insônia afeta cerca de 40% dos brasileiros. Após quatro meses de distanciamento, a orientação é encontrar alternativas afim de evitar que o problema se agrave.

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"O isolamento pode afetar o sono de várias maneiras", afirma Adriane Zonato, médica especialista em Medicina do Sono e Coordenadora do Laboratório de Sono do Hospital Ipo.

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"Estamos vivendo um momento em que várias pessoas estão com perdas financeiras, dificuldades no trabalho, preocupação com a saúde ou com problemas de relacionamentos em casa. Isso tudo pode dificultar, principalmente, na hora de dormir", afirma.

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Sono afeta diretamente a imunidade


De acordo com a especialista, ter um sono saudável é tão importante quanto manter uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Além de garantir a energia necessária para as atividades diárias, aumentar a capacidade da memória, regular o metabolismo e os hormônios, a qualidade do sono também está ligada diretamente à imunidade, essencial para o momento em que vivemos.

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"Vários estudos indicam que, principalmente em quadros virais, pessoas com privação de sono têm menor resposta de defesa comparadas às que não têm. É comum acharem que dormir as horas necessárias é perda de tempo, mas isso está errado. Dormir bem é fundamental para nossa saúde física e também mental, sobretudo para quem já possui algum histórico de estresse ou ansiedade", afirma Adriane.


Isso porque pessoas ansiosas apresentam, naturalmente, mais dificuldade para começar a dormir, como também possuem um "sono fragmentado”, acordando diversas vezes durante a noite. "É comum deitar na cama, mas continuar com o pensamento acelerado”. Com a pandemia e o isolamento, essa ansiedade tende a aumentar.

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"Nessa fase, vemos o aumento de sonhos e pesadelos, também relacionados com componentes emocionais. Acompanhados de uma agonia, geralmente representam um reflexo de um medo ou preocupação exagerada. Por isso, é importante entender o que significam, o que estão refletindo, e procurar a melhor maneira de aliviá-los”, afirma a médica.


A especialista ainda alerta sobre a importância de ficar atento quanto a regularidade e frequência dos sintomas. Pessoas que, antes do isolamento não se encaixavam em quadros de insônia, devem ter cuidado com os hábitos para que o distúrbio não seja agravado. "Se ela está com insônia agora, não quer dizer que vai permanecer assim posteriormente, mas ela deve, sim, cuidar para que não se torne crônico”.

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Rotina, exposição ao sol e ambientes escuros


Em primeiro lugar, é fundamental manter uma rotina. Dormir ou acordar em horários diferentes todos os dias, pode ser prejudicial a longo prazo. "Não há problema em acordar um pouco mais tarde, seja pelo home office ou outros fatores. Mas é preciso cumprir os mesmos horários. Quanto mais regular eu tenho essa rotina de deitar ou levantar da cama, mas fácil fica para o cérebro se adaptar”.

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Além disso, a exposição solar também é importante, uma vez que nosso cérebro funciona como um "relógio biológico”, sendo regido, principalmente, pelo dia e pela noite. "Quanto mais o cérebro tiver contato com a luz diurna, mais ele regula esse relógio. Por isso, a recomendação durante o dia é abrir as cortinas, deixar o ambiente iluminado e ficar exposto à luz do sol por cerca de uma hora”.


O mesmo vale para a noite: escurecer o ambiente também facilita o início do sono. Neste caso, deve-se cuidar, também, com a luz de aparelhos eletrônicos que, por possuírem uma luminosidade semelhante a solar, podem confundir o cérebro. Assim, a recomendação é que os celulares sejam desligados cerca de uma hora antes de deitar.

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Menos café, mais chá


A alimentação também tem influência. Bebidas com cafeína, como chás e refrigerantes ativam ainda mais o cérebro, dificultando o início do sono. Desta forma, antes de dormir, estão liberados chás calmantes, claros e, principalmente, produtos derivados do leite, já que favorecem a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. "Isso tudo condiciona seu cérebro para o estado de bem-estar, que favorece a sonolência”.

Por último, a especialista alerta para a importância dos exercícios físicos, mesmo durante o isolamento. Cerca de 30 minutos em três dias na semana já são suficientes para aliviar dores e dar mais tranquilidade durante a noite. "Apesar de todos estarem em casa, devem ficar ativos durante o dia. Sair do sofá, caminhar, dançar em casa, ou até dar uma volta na quadra, sempre com as proteções necessárias, são algumas atividades simples, mas importantes de serem praticadas”, conclui.


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