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Mitos e verdades sobre a relação entre Hipertensão e Coronavírus

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
17 jun 2021 às 15:08

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Desde o início da pandemia da Covid-19, pessoas com doenças crônicas estão em maior risco de contraírem o vírus e sofrem mais complicações dessas infecções. Os hipertensos estão entre os grupos que mais necessitam de observação atenta no quadro evolutivo da doença e tratamento criterioso e individualizado. Entretanto, desde o início da pandemia, muitos estudos indicaram adequações aos procedimentos inicialmente sugeridos.


O cardiologista Marcelo Sampaio, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esclarece alguns dos mitos e verdades mais disseminados sobre a relação entre a hipertensão e a Covid-19.

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Pacientes hipertensos devem descontinuar o uso de medicamentos de controle da pressão para evitar agravamento da Covid-19

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Mito

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De acordo com o doutor Marcelo Sampaio, cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, no início da pandemia do coronavírus, muito se especulou sobre a probabilidade de que os medicamentos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e os bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) aumentassem a probabilidade de agravamento da Covid-19. "Estudos foram evoluindo e chegou-se à conclusão que os danos cardiovasculares da retirada desses medicamentos representariam tanto risco à vida quanto os casos de agravamento da Covid-19. Assim, o hipertenso jamais deve descontinuar o uso dessas medicações”.


A hipertensão aumenta a suscetibilidade à Covid-19

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Verdade


O paciente hipertenso tem sim maior predisposição a uma evolução agravada da Covid-19, em função da imunidade debilitada pelos fatores circulatórios, por exemplo no caso da disfunção endotelial, cardiopatia em que os grandes vasos sanguíneos na superfície do coração se contraem em vez de se dilatarem.

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Casos graves da Covid-19 são frequentemente caracterizados por hiperinflamação, desequilíbrio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), que controla a pressão arterial, e uma forma particular de vasculopatia, microangiopatia trombótica e coagulopatia intravascular.


"Com a hiperinflamação progressiva, uma microangiopatia sistêmica pode levar à síndrome da disfunção de múltiplos órgãos, em especial o coração, os rins e o cérebro”, explica Sampaio.

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A hipertensão tem aumentado com a pandemia


Mito

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A hipertensão é uma doença genética, hereditária. Ela não é gerada pela inflamação provocada pela Covid-19. "O que pode ocorrer é que a pressão arterial do paciente hipertenso sofra elevações transitórias da pressão arterial em função do isolamento, estresse e outros fatores. Isso pode fazer com que ele precise ajustar a medicação algumas vezes”.


A queda da pressão em um hipertenso diagnosticado com Covid-19 é alarmante

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Verdade


O paciente hipertenso, diagnosticado com Covid-19 deve ser observado com muita atenção, pelos motivos já mencionados. A análise criteriosa do acompanhamento desses casos é muito importante, já que que a pressão baixa é um indicativo de evolução ruim.


A pressão alta pode ser controlada apenas com a redução do consumo de sal


Mito


Nem todo hipertenso é sal sensível. Assim, a restrição ao consumo de sal pode não ser suficiente para o controle da pressão arterial.


Fala-se muito em reduzir a quantidade de sal na alimentação para a prevenção de episódios gerados por hipertensão, porque no Brasil se consome o dobro da quantidade de sal recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas este recurso não funciona com indivíduos que não têm a sensibilidade ao sal e vão, necessariamente, precisar de medicação para o controle.

É importante que pacientes crônicos mantenham a rotina de acompanhamento médico, mesmo durante a pandemia. Consultas e exames podem ser realizados na BP Medicina Diagnóstica, com segurança.


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