A moeda russa, o rublo, segue em forte desvalorização nesta quarta-feira (2), com a economia da Rússia sofrendo as consequências das sanções econômicas impostas pelo Ocidente - uma resposta à invasão da Ucrânia, que chegou hoje ao sétimo dia. Por volta das 10h (horário de Brasília), o rublo registrava perdas de 2,92%, cotado a menos de um centavo de dólar. Na prática, um dólar está valendo agora 111,36 rublos.
Mais cedo, a moeda russa chegou a atingir seu patamar mínimo histórico, com um dólar vendido por mais de 112 rublos. Desde o início do ano, a moeda russa já perdeu cerca de um terço de seu valor em relação à americana. Na semana passada, o Banco Central da Rússia respondeu a esse movimento mais do que dobrando os juros básicos da economia, que passaram de 9,5% para 20%.
Ontem (1º), também entraram em vigor o decreto que proíbe os moradores da Rússia de transferir dinheiro para o exterior - uma tentativa do presidente Vladimir Putin de proteger a economia em meio à guerra.
Leia mais:
Brasil mantém tendência de aumento de cobertura vacinal infantil, diz ministério
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Mais de 130 mil cartas do Papai Noel dos Correios estão disponíveis para adoção
Nos últimos dias, Estados Unidos, União Europeia e outros países anunciaram que vão excluir alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos bancários Swift e proibir qualquer transação com o Banco Central da Rússia - medida que trará impactos também para a economia mundial e a do Brasil.
Ontem (1º), foi a vez de o Reino Unido informar que incluiu o maior banco da Rússia, o Sberbank, na lista de entidades alvos de sanções. Diversas empresas também estão anunciando que vão sair da Europa ou interromper a produção, como foi o caso da Hyundai em São Petersburgo. A montadora planeja retomar a produção da unidade na semana que vem, em 9 de março.
"A economia russa sofreu um duro golpe", admitiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que destacou uma "margem de resistência" e planos em curso. "[Mas] Vamos continuar de pé".