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Alerta para obesidade

Número de crianças de até 5 anos acima do peso ideal passa de 10%

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
01 jun 2022 às 19:51

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- Pixabay
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Alerta para a comunidade médica e famílias brasileiras: o excesso de peso na infância já é uma realidade no Brasil. Em pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em 2021, estima-se que 6,4 milhões de crianças têm excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. E a curva só tende a subir: pesquisas da OMS (Organização Mundial de Saúde) mais recentes corroboram com o cenário alarmante de obesidade infantil, estimando que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegará a 75 milhões. 


Em homenagem ao Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil, celebrado dia 3 de junho, especialistas da Jasmine Alimentos destacam a importância da educação nutricional de crianças, desde o momento da introdução alimentar até a fase adulta. 

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A formação de uma saúde plena na criança começa no momento da pré-concepção. A nutrição fornecida pela placenta é um determinante fundamental para o crescimento fetal. A Associação Brasileira de Nutrologia (Asbran) confirma a importância da nutrição materna na saúde das futuras gerações, confirmando que fatores nutricionais podem afetar as células germinativas masculinas e femininas antes da concepção, modificando o desenvolvimento do embrião.

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Em razão disso, a programação metabólica intrauterina é de suma importância, uma vez que os estudos epidemiológicos apontam o risco de desenvolvimento da obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo 2 até oito vezes maior entre os bebês expostos a um ambiente intra-útero nutricionalmente desequilibrado. Cabe lembrar, ainda, que o aleitamento materno após o nascimento é fundamental na nutrição integral da criança, sendo essencial para prevenir e reduzir o risco de obesidade.


Nutrição em diferentes fases da vida

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Estágio pré-natal - concepção até nascimento

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Os 1.000 dias entre a gestação e a primeira infância da criança é considerado o período crucial para crescimento e desenvolvimento infantil, no qual é possível adotar hábitos e atitudes que irão influenciar na saúde futura. No ambiente intrauterino e nos primeiros anos de vida, a criança tem grande influência no seu desenvolvimento neuropsicomotor.


A adoção de uma alimentação balanceada nos períodos de pré-concepção, gestação e amamentação, engloba alimentos ricos em fitoativos, vitaminas e minerais. Em todos os períodos de vida, o consumo de frutas, legumes, grãos integrais, leguminosas e sementes é essencial para fornecer diversas substâncias benéficas à saúde. “A aveia, a linhaça, as goji berries, o arroz integral, as frutas liofilizadas - que são aquelas sequinhas e crocantes - são ideais para incluir no cardápio, tanto na gestação como na lactação”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo.

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Ainda, a semente de chia e linhaça são duas fontes de ômega-3, nutriente indispensável na alimentação de gestantes e lactantes, já que atua no neurodesenvolvimento infantil e tem propriedades anti-inflamatórias. Desta forma, sua inclusão no cardápio é considerada fator protetor no risco de obesidade infantil.


Primeira infância - nascimento até 3 anos

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Após o nascimento, o aleitamento materno exclusivo é o tipo de alimentação mais recomendado até os 6 meses da criança, sem necessidade de nenhum alimento complementar. Após esse período, recomenda-se o processo de introdução alimentar, importante marco fisiológico na vida do bebê, capaz de fornecer quantidade e qualidade nutricional suficientes para garantir o crescimento e o desenvolvimento saudável.

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A OMS indica iniciar o processo de introdução alimentar com purês à base de verduras, legumes e frutas e aumentar gradualmente a consistência até o menor completar 12 meses de idade. Desta forma, respeitam-se os movimentos mastigatórios e a habilidade de deglutição. “Após esse período, recomenda-se a inclusão de outros alimentos com consistência mais firme, como cereais integrais, aveia, em forma de mingaus e smoothies, até a criança estar apta a mastigar alimentos mais sólidos. O ideal é evitar até os 2 anos de idade o contato da criança com alimentos ricos em açúcares e farinhas brancas”, complementa a nutricionista.


Próximos anos - segunda infância (3 a 6 anos), terceira infância (6 a 12 anos) e adolescência (12 a 20 anos)


A alimentação composta por alimentos naturais, integrais, ricos em fibras, vitaminas, minerais, fitoativos, carboidratos complexos, proteínas e gorduras saudáveis (mono e poli-insaturadas) deve ser a base da rotina infantil diária, sendo essencial esse controle por parte dos pais, uma vez que esses hábitos são seguidos com o estímulo da família.


Como aumentar o repertório alimentar da criança


Uma das principais orientações da comunidade médica é ofertar todos os alimentos durante a introdução alimentar garantindo, assim, o estímulo do paladar para diversos sabores e texturas. Uma dica interessante é decorar os pratos das crianças com as cores dos alimentos, fazendo com que aumente a atenção do menor pela comida. 


A influência familiar na construção do hábito alimentar é imprescindível. “Tudo que a criança for comer, a adesão dela será ainda maior se os pais acompanharem e consumirem os mesmos alimentos na refeição. É uma forma de mostrar para a criança que aquilo é saudável e fará bem para sua saúde”, explica Adriana. 

“Além da variedade alimentar para estimular o paladar, é importante lembrar que os alimentos precisam ser saborosos e convidativos, especialmente para a criança. Saúde e sabor precisam andar lado a lado. É muito prático incluir snacks integrais, smothies prontos, frutinhas desidratadas crocantes no dia a dia, fazendo com que a criança adquira o gosto de comer bem. Não precisa abrir mão do docinho nem do biscoito salgado, basta saber escolher aquele que é gostoso e fornece nutrição com qualidade”, finaliza a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi.

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