A atendente Rita de Cássia trabalhava em uma lanchonete até o início do ano passado. Mas com a chegada da pandemia do novo coronavírus e com as medidas de restrição das atividades comerciais, o patrão propôs um acordo e ela deixou o emprego. "A loja havia inaugurado há pouco tempo e o público, que era grande, caiu pela metade porque passou a atender só para delivery. Meu patrão disse que não teria como pagar todo mundo e saímos eu e mais duas pessoas”, contou.
Sem emprego e com cinco filhos, três deles em idade escolar, Rita de Cássia passou a viver apenas com a renda do bolsa-família, de pouco mais de R$ 400 mensais, e enfrentou alguns apertos financeiros nos últimos meses. Para reforçar o orçamento, fazia diárias como atendente auxiliar em um restaurante, das 6 às 16 horas, mas metade dos R$ 80 que recebia por jornada era destinada ao pagamento de uma pessoa que cuidava dos seus filhos enquanto ela estava no trabalho, já que as creches e escolas deixaram de funcionar. "Eu saía de casa às 5h20 e chegava por volta das 17 horas. Não era justo pagar menos do que isso para a menina que cuidava dos meus filhos.”
Agora, Rita de Cássia tenta voltar ao mercado de trabalho, mas percebeu a redução das vagas disponíveis e um aumento do número de candidatos. No momento, a atendente sonha em conseguir uma das 200 vagas ofertadas por uma rede de supermercados. Ela passou pelo processo seletivo com outras mil pessoas e está esperançosa.
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