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Problemas na saúde

Pesquisa aponta que internet vicia crianças e adolescentes

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
16 jul 2020 às 10:29
- Reprodução/Pixabay
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A população brasileira está entre as mais conectadas do mundo. Como se não bastasse, o novo coronavírus isolou as pessoas em casa. O CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil) acaba de divulgar a pesquisa TIC Kids Online, que, desde 2012, atualiza anualmente os indicadores sobre o uso da rede pela população com idade entre nove e 17 anos, visando estabelecer políticas públicas de inclusão digital no País.

O último levantamento do CGI mostra que, nesta faixa etária, 86% teve acesso à internet entre outubro de 2019 e março deste ano, contra 83% em 2018. A maioria, 94%, tem conexão em casa. Só 1,4 milhão nunca teve acesso e três milhões não são usuários.

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A conectividade varia de acordo com a região. No Centro-Oeste é de 98%, no Sudeste de 96%, no Sul de 95% e 79% nas regiões Norte e Nordeste. De todos os dispositivos, o celular é o único meio de conexão usado por 58% das crianças e adolescentes. Outros 37% combinam o celular e o computador e 2% fazem conexão só pelo computador.

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Olho seco

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Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o aumento da conectividade seria uma boa notícia se a vida digital não apresentasse múltiplos desafios para a saúde sistêmica e visual.


Isso porque a pesquisa do CGI, realizada com 2.954 participantes e seus respectivos pais ou responsáveis, mostra que entre 11 e 17 anos, um em cada quatro são viciados na internet. Por isso, não consegue controlar o tempo de navegação e acaba desenvolvendo olho seco.

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Os sintomas elencados pelo médico são: vermelhidão, visão embaçada, sensação de areia nos olhos e dor de cabeça no final do dia. Isso acontece porque piscamos menos na frente das telas e a lubrificação dos olhos diminui. O tratamento, explica, pode ser feito com colírio lubrificante ou três aplicações de luz pulsada para estimula a produção da lágrima, conforme o estágio da doença.


Falta de sono

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Outros 20% dos entrevistados declararam deixam de dormir para navegar.


"A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que a falta de sono aumenta a obesidade, o risco de alterações emocionais, o estresse oxidativo e a resistência à insulina, que leva ao diabetes. Não são problemas de saúde que surgem imediatamente. O efeito da falta de sono é cumulativo e, por isso, nem sempre é levado a sério, da mesma forma que a falta de proteção contra a radiação UV (ultravioleta) emitida pelo sol", afirma o especialista.

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Uma dica do oftalmologista para evitar a insônia é desligar o celular ou computador, no mínimo, uma hora antes de ir dormir. Isso porque as telas emitem luz azul, que inibe a produção da melatonina, hormônio indutor do sono. Outra recomendação é verificar se o celular tem filtro de luz azul embutido ou baixar o aplicativo F Lux, disponível gratuitamente na internet.


Depressão e ansiedade

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O CGI também aponta que 21% dos entrevistados se sente mal quando não está na Internet ou se pega navegando sem o menor interesse e 24% acredita que passa menos tempo do que devia com os familiares, amigos ou estudando, claros sinais de ansiedade e depressão.


"São alterações que precisam ser tratadas com um especialista em doenças psíquicas”, afirma.

Vale lembrar que o tratamento com medicamentos antidepressivos deve ser acompanhado também por um oftalmologista. Isso porque os olhos têm receptores de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) contidos nos antidepressivos e ficam 15% mais propensos a desenvolver catarata, que têm como único tratamento a cirurgia.


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