A ômicron, variante com maior transmissibilidade, já chegou na maior parte dos estados brasileiros e sua velocidade chama atenção dos pesquisadores. Mesmo com o menor número de pessoas com casos graves e mortes causadas pela covid-19, devido, em grande parte, à ampliação da cobertura vacinal, profissionais da saúde alertam que os cuidados para evitar a infecção pela doença devem permanecer.
A pneumologista dos Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), Rebecca Stival, indica que, além do distanciamento, é fundamental evitar aglomerações, preferir locais bem ventilados e higienizar constantemente as mãos, lavando com água e sabão e utilizando álcool em gel. “A covid-19 é transmitida por minúsculas partículas. Então, as medidas tão salientadas são fundamentais para minimizar os riscos de contágio. E em alguns locais, é preciso ainda mais atenção”, explica.
Escolha e uso corretos da máscara
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Em locais fechados como ônibus, aeroportos e aviões, a pneumologista recomenda as máscaras N95 e PFF2 por protegerem mais das pequenas partículas aerossóis. Com as altas taxas de transmissão da ômicron, esses modelos se tornaram ainda mais indicados pelos índices de proteção mais altos. Óculos de proteção também ajudam muito e são recomendados principalmente nos casos em que o distanciamento não é possível, como voos.
Em ambientes mais abertos e com permanência curta, a máscara cirúrgica também minimiza os riscos de infecção, embora o índice de filtragem seja menor. Já as máscaras de pano, muito usadas no início da pandemia, não protegem contra a variante ômicron. Esse tipo de tecido não apresenta proteção suficiente, assim como máscaras de tricô ou de renda.
"O bom senso é fundamental. Não basta usar a máscara, deve-se utilizá-la corretamente, com o ajuste correto ao rosto. Utilize sempre bem acoplada no rosto, tapando nariz e boca, sem aberturas para entrada de ar e não fique ajeitando com as mãos. Além disso, mantenha distância de 2 metros das pessoas, dê preferência a locais ventilados e limpe sempre as mãos, com uso de álcool em gel ou água e sabão”, ressalta a médica.