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Como organizar as finanças

Quase 70% das famílias brasileiras estão endividadas

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
15 jul 2021 às 14:08
- Freepik
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A pandemia de Covid-19 afetou o dia a dia da população brasileira de muitas maneiras e a situação financeira foi uma das mais atingidas. Um levantamento nacional realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que, em junho, o percentual de brasileiros endividados no País alcançou o recorde histórico de 70% do total de famílias desde 2010. O 1º semestre do ano acabou com 69,7% das famílias brasileiras endividadas, alta de 1,7% em relação a maio e de 2,5% em comparação a junho de 2020.


O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Universidade Pitágoras Unopar, Gabriel Quirino, diz que o cenário reflete a situação financeira dos cidadãos em um período atípico de pandemia. "Houve aumento de desemprego, o auxílio emergencial não chegou a todos que precisavam e o valor que chegou foi insuficiente para o sustento. A pandemia continua e ainda não há uma perspectiva segura de quando a economia voltará a se recuperar”, avalia.

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Para o especialista, o momento abre o debate para a importância de se preparar crianças e adolescentes para lidar com suas próprias finanças. "A Educação Financeira é fundamental para estimularmos a autonomia dos jovens, para a construção de uma vida financeira responsável. Isso vai influenciar diretamente na formação de um adulto que faça o uso consciente do dinheiro e que saiba lidar com problemas financeiros, principalmente em situações inesperadas como é o caso da pandemia”, destaca Quirino. Ele lembra ainda que o descontrole das finanças pode trazer outros problemas, como transtornos emocionais, afetando a vida de toda a família.

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A seguir, o professor lista cinco passos para auxiliar na organização da vida financeira:

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Consulte seu CPF: tenha conhecimento da extensão da sua dívida. É muito comum que as pessoas, para se afastarem dos problemas, ignorem as cobranças. Mas é preciso encarar esse desafio, pois, quanto mais se adia, mais os débitos aumentam. Por isso, é importante fazer um levantamento inicial de todas as pendências financeiras. Há aplicativos de celular que fazem essa busca, mas certifique-se antes de que o software é oficial da empresa de proteção ao crédito.


Negocie: com o resultado da sua busca em mãos, se organize para negociá-las junto ao credor. Mas, antes, faça uma seleção daquelas com valores mais altos; priorize a negociação destas. A razão está nos juros: quanto maior o débito, maior será o encargo. Algumas empresas oferecem sites específicos para esse tipo de negociação. Caso não consiga pela internet, busque contato por telefone ou presencialmente no credor e se mostre disponível para negociação.

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Corte gastos supérfluos: "Quero negociar, mas não tenho dinheiro para pagar?” Então, você precisa de um plano, diz Quirino. O ideal é colocar na ponta do lápis todas as suas despesas fixas como água, luz, telefone e aluguel, por exemplo. E as despesas variáveis, como parcelamentos de compras. Faça uma análise e veja onde consegue reduzir. Segundo o professor, nessa etapa também é preciso cortar gastos considerados supérfluos, aqueles que não farão falta caso sejam eliminados. Somente assim você conseguirá recursos para quitar suas dívidas.


Faça um controle de compras futuras: agora que você está organizando sua vida financeira, controlando gastos supérfluos e quitando dívidas, você não quer colocar a perder todo esse esforço realizado. Nesse passo é muito importante que se evite comprar a prazo. Reflita se o bem que está sonhando comprar é realmente necessário. O professor recomenda que caso seja de extrema necessidade aquela compra, antes deve ser feita uma pesquisa de valores ou negocie descontos. Sabemos que é um pouco mais difícil, mas adie a compra para tentar pagá-la à vista. Essa é, de longe, a melhor opção. Organize-se para juntar dinheiro. Dessa forma, você mantém seu nome limpo e pode usá-lo quando precisar de crédito para aquisição de bem de maior valor, como um carro ou uma casa.

Planeje: Nunca abra mão do planejamento. Uma vez que você conseguiu organizar sua vida financeira, não corra riscos. Mantenha sua planilha de entradas e saídas, tenha uma visão ampla de onde está indo seu dinheiro. E o mais importante: envolva as pessoas da casa, demonstre o valor de cada bem, esclareça os gastos e dê uma visão de futuro; de onde se pretende chegar com esse planejamento. Conquiste aliados para sua organização financeira.


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