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Menos tecnologia, mais livros

Evento em Londrina discute alternativas para incentivar a leitura entre crianças

Redação Bonde
18 jan 2016 às 13:27
- Reprodução
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Como convencer crianças e adolescentes a passar menos tempo no computador e nos jogos eletrônicos para se divertir com livros? O tema será destaque durante o Encontro Pedagógico do Sistema Maxi de Ensino, evento voltado a educadores que vai reunir em Londrina professores e gestores de escolas privadas e públicas conveniadas dos Estados da Região Sul e interior de São Paulo, no dia 23 de janeiro.

O assunto será tratado em diversas oficinas que vão analisar alternativas e ferramentas disponíveis aos educadores para estimular a leitura entre os estudantes.

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Segundo pesquisa do IBGE realizada em 2013, o brasileiro lê somente seis minutos por dia. Já o tempo dedicado à TV passa das duas horas e trinta minutos. Outra pesquisa de âmbito nacional sobre "Os retratos da literatura no Brasil" revelou que 50% dos jovens entrevistados leem porque são cobrados na escola e somente 41% dos participantes afirmaram ler por interesse ou gosto. "Neste painel, percebemos que o papel da escola como estimuladora da leitura prazerosa é muito importante desde a educação infantil, etapa em que se forma os pequenos para se tornarem cidadãos ativos e participativos da sociedade", afirma a pedagoga e professora Regina Carboni.

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O teatro como estímulo

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Mestre em História Social, a professora Francinne Calegari vai abordar o teatro como ferramenta de expressão, comunicação e incentivo à leitura. Segundo ela, o teatro, com finalidade pedagógica contribui com a aprendizagem. "O teatro não está restrito aos palcos, podendo ocorrer em diferentes espaços e contextos, incluindo o escolar, tornando-se um aliado no incentivo à leitura e interpretação", destaca.


Calegari lembra que o teatro possui diversas facetas que podem ser exploradas em sala de aula, tanto para trabalhar a oralidade, expressão, criatividade como também como um recurso para estimular a leitura de maneira lúdica. "É um exercício de cidadania e um meio de ampliar o repertório cultural do estudante.

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De acordo com ela, a linguagem teatral ajuda crianças e adolescentes a perder continuamente a timidez, desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo, se sair bem em situações de improviso e se interessar mais por textos e autores variados.


A oficina vai incentivar a utilização do teatro para o desenvolvimento de atividades de leitura, escrita e interpretação, permeando os conteúdos curriculares e temas transversais.

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O valor do exemplo


Uma segunda oficina vai explorar a questão do exemplo dado por pais e familiares, no que diz respeito à pratica da leitura. De acordo com Regina Carboni, aprender pelo exemplo também vale para a leitura. Isso porque ao ver um adulto lendo ou ouvir uma história contada por ele, os pequenos começam a se interessar pelo mundo das palavras. "O bom leitor é formado por estímulos desde a sua tenra infância. A criança que observa seus pais lendo um jornal, uma revista ou até mesmo um livro tende a imitar esse comportamento, o que pode trazer o mesmo interesse e gosto pela leitura. E os pais que leem histórias para os seus filhos estimulam as crianças a lerem outras histórias, adquirindo o hábito de ler e se encantar com as histórias contadas nos livros", enfatiza.

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Segundo ela, os pais podem não ter a técnica para ensinar mas têm a proximidade afetiva que faz com que a leitura seja vista como algo bom e necessário. "Os livros devem estar disponíveis em uma prateleira de fácil acesso para que as crianças possam vê-los e encontra-los todas as vezes em que quiserem ler".


Levar as crianças à biblioteca também pode ser outro estimulo prazeroso para despertar o interesse pela leitura. "Alguns países, entre eles o Brasil, fizeram a adaptação de suas bibliotecas com seções dedicadas à literatura infantil, equipadas com estantes mais baixas, mesas e cadeiras adequadas, permitindo que o estímulo visual também agrade", sublinha Carboni.

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Contudo, segundo ela, ainda há uma necessidade de convencer os pais que a leitura em casa é muito importante. "Hoje vivemos em uma sociedade em que as pessoas não leem mais, estão dominadas pela tecnologia onde se torna muito fácil adquirir conhecimento fazendo uma pesquisa básica pela internet, o que nos faz ser imediatistas. Para se tornar bom leitor é preciso ter estímulo em casa", reforça.


O papel do professor


Completando a abordagem do tema, a oficina "O papel do professor no desenvolvimento da crítica e na seleção de leituras no mundo digital" vai debater a importância do professor como mediador dos conteúdos que os alunos leem. Como o acesso dos estudantes às mídias sociais é enorme nos dias atuais, é muito importante que essa facilidade de acesso à informação seja mediada e orientada, já que tudo pode ser dito no espaço virtual. Segundo o psicólogo e professor Fernando Zanluchi, o papel da escola hoje é também de fomentar uma postura crítica nos jovens sobre o tipo de conteúdo disponível, ajudando-os a selecionar conteúdos confiáveis e construtivos, cognitiva e moralmente.

"Escolas e professores precisam se interessar por aquilo que os alunos se interessam hoje em dia. Só é possível influenciar o pensamento de alguém quando se conhece o modo como essa pessoa pensa", afirma. O segundo passo, de acordo com Zanluchi, é entender o mundo de informações onde os alunos estão inseridos, ajudá-los a desenvolver uma postura crítica com relação aos conteúdos desse mundo e apresentar outros conteúdos interessantes e construtivos. "Não adianta apenas criticar os interesses dos jovens, é preciso primeiro compreende-los para depois intervir. Ouvir antes de ser ouvido", ensina.


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