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Tratamento de resíduos têxteis

Startup incubada na Intuel atua na logística reversa de tecidos de nylon

Redação Bonde com Agência UEL
23 jun 2021 às 17:40
- Reprodução/Pixabay
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A startup Poliverde Logística Reversa e Reciclagem, incubada na Intuel (Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL - Universidade Estadual de Londrina), foi selecionada recentemente em edital do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para o recebimento de R$ 90 mil em bolsas de pesquisa. A empresa, sediada na Universidade, vai reforçar as pesquisas sobre logística reversa de tecidos de nylon.


A Poliverde vai utilizar os recursos do edital nacional para custear o trabalho de um biólogo que será o responsável pelo desenvolvimento de estudos para aprimorar o tratamento de resíduo com glicerina, a partir do cultivo com microalgas.

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Segundo o químico Jonathan Baumi, um dos sócios da empresa, a Poliverde ocupa-se do processo de logística reversa de tecidos em poliamida. "Aproximadamente 25% dos tecidos usados na indústria são descartados durante o processo de corte nas indústrias. Então, podemos dizer que ¼ do que o consumidor não recebe quando compra uma roupa vai para o lixo”, comenta.

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No caso da poliamida, o descarte é ainda mais significativo. "Apesar de ser tecido, a poliamida é um derivado do plástico, o que significa que aquele material ficará na natureza, nos lixões, por 400 anos”, explica. A Poliverde, então, recolhe os tecidos antes que eles sejam descartados em lixões. Com uma camionete própria, o outro sócio da empresa, Maurício de Moraes, recolhe os materiais nas empresas parceiras e leva tudo para o barracão da empresa incubada, situado na UEL.

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O processo - Na Poliverde, o material é tratado com um processo de separação entre a poliamida e os outros materiais que compõe o tecido. Como são recolhidos dos galpões das indústrias, a poliamida muitas vezes vem junto de outros materiais, como o elastano, responsável por trazer mais elasticidade aos tecidos. Para separá-la, Palmi utiliza a glicerina como solvente.


Com a poliamida separada, o material é colocado em uma máquina chamada extrusora. Dali, todo o produto vai para a glanuladora, que o corta em pequenos cilindros, os "pellets”. Esse produto, por fim, deve ser aferido em sua qualidade para, depois, ser comercializado e reinserido na cadeia produtiva, em empresas do setor automotivo, de engrenagens, braçadeiras ou fios de nylon.

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A poliamida era considerada um rejeito antes de a Poliverde reinseri-la na cadeia, segundo Palmi. "Somos a segunda empresa no Brasil a fazer o processo na poliamida. Sem utilizar nenhum produto tóxico, eco-friendly, somos a única”, afirma.


A incubação - Há pouco mais de um ano incubada na UEL, a Poliverde já se prepara para atingir uma escala industrial. A empresa já produziu seus primeiros lotes e está em processo de validação. "Já temos as empresas que fornecem a matéria-prima, mas ainda não comercializamos os pellets. Estamos vendendo somente o processo de logística reversa.”

A empresa está incubada em um barracão, localizado na UEL, onde divide espaço com outra statup. "Para nós, é uma ótima oportunidade. Começar uma empresa do zero é bem difícil, sem o espaço físico e os laboratórios para as análises e controle de qualidade”, avalia Palmi. Em um ano, já foi selecionada, em outra oportunidade, de um edital de chamada pública da Fundação Araucária.


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