Um sorvete de tilápia, espécie de peixe amplamente produzida e consumida no Paraná, acaba de dar a sua criadora, Ana Maria da Silva, o terceiro lugar na Maratona de Inovação do Pescado no AgriFutura, realizada durante o Seafood Show Latin America (primeira edição), principal encontro da cadeia produtiva do pescado na América Latina, em São Paulo.
Silva é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) e representou a instituição no Seafood Show Latin America. O espaço destacou novidades em startups.
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Mas o que o leitor deve estar se perguntando é: sorvete de tilápias tem gosto de peixe? Não. O produto foi desenvolvido pela pesquisadora como uma forma de ajudar a filha que enfrentava um câncer, pois minimizava os efeitos colaterais da quimioterapia, como feridas na boca, úlceras, enjoos e alteração no paladar.
O sorvete a base de tilápias desenvolvido por Silva é recomendado no cardápio alimentício de pessoas que enfrentam a doença porque agrega proteína num alimento de fácil consumo e que não tem gosto de peixe.
Usando biotecnologia ela conseguiu transformar a carne da tilápia em uma pasta líquida, para inseri-la no sorvete e deixá-lo mais proteico. O sorvete com hidrolisado de tilápia ainda está em fase de desenvolvimento e a pesquisa tem como objetivo avaliar a qualidade nutricional e a qualidade do produto. Além dele, outros produtos desenvolvidos por Ana Maria foram apresentados em seu stand “By Fish Consultoria”, como os enlatados de tilápia, pacu e rã.
Para Ana Maria da Silva, do Câmpus da Unioeste de Marechal Cândido Rondon, a recepção na competição de startups, representando a universidade, foi muito gratificante. “É um reconhecimento pelo trabalho maravilhoso do nosso grupo de pesquisa e de professores da universidade. É fruto do trabalho dos professores Aldi Feiden, Altevir Signor, Wilson Boscolo e Armin Feiden. Estamos muito felizes e fechando com chave de ouro o nosso trabalho da tese de doutorado”, afirmou.
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