Quase uma semana após os atos extremistas que aconteceram em Brasília no último domingo (08), especialistas ainda tentam fazer as contas numa tentativa de dar a frieza dos números para algo que chocou até quem estava esperando reações dos que ainda não aceitaram que o Brasil tem um novo governo.
Ao vivo, os brasileiros assistiram a atos de violência contra o patrimônio público, num claro ataque à nossa jovem democracia.
Na contagem dos danos, aqueles ao acervo de obras de arte presente nos três prédios atacados pelos extremistas.
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Algumas com um valor no mercado, outras com uma cifra impossível de ser calculada.
O governo agiu rápido e os processos de restauração e avaliação técnica dos estragos começaram no dia seguinte e assim, terminamos a semana sabendo que pelo menos a obra "Bailarina", de Victor Brecheret já voltou para o seu lugar na Câmara dos Deputados, depois de ter sido arrancada do pedestal e jogada no chão como se fosse um inútil pedaço de metal, sem valor algum.
A escultura, realizada na fase parisiense de Brecheret, considerado um dos percursores do modernismo no Brasil, explora a delicadeza do feminino. A delicadeza que passou muito longe do que vimos nos atos que espalharam o terror pela Praça dos Três Poderes.
A pintura “As Mulatas” de Di Cavalcanti, no Salão Nobre do terceiro andar do Palácio do Planalto, talvez seja o maior símbolo da barbárie contra as obras de arte, mobiliários assinados e a arquitetura dos prédios reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas.
A peça foi perfurada em sete pontos diferentes. De acordo com o governo, o seu valor é estimado em R$ 8 milhões, mas ao longo da semana, chegou a valer R$ 20 milhões, preço colocado pelo diretor da casa de leilões Bolsa de Arte, Jones Bergamin, pois a obra, além de rara, é a representação de um País e a de maior valor histórico entre as peças vandalizadas.