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'Astro Negro'

Filme londrinense discute relacionamentos abusivos

Mateus Reginato - Redação Bonde
06 jul 2018 às 12:42
- Marina Pires/Divulgação
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"Os buracos negros brilham com as luzes das estrelas". É baseado nessa premissa que Gustavo Nakao, de 23 anos, escreveu "Astro Negro", curta-metragem de ficção da produtora londrinense Cinea, finalizado há algumas semanas. Relacionamentos abusivos funcionam como os buracos negros, sem luz própria, precisando roubar o brilho de outras pessoas.

O filme conta a história da artista plástica Lúcia (Rafaela Martins), que está em um relacionamento muito ruim. Com o tempo, o curta vai revelando os dois lados da história – não em busca de uma justificativa, mas para mostrar como as duas pessoas vão se consumindo, explica Gustavo Nakao, diretor e roteirista do filme. "Astro Negro é o relato de um relacionamento abusivo que prende Lúcia na densa gravidade de um amor quebrado."

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"O interessante do curta é que ele mostra diversos graus de abuso, desde o mais sutil ao mais grave, dando espaço para que cada pessoa interprete a relação representada", completa Guilherme Nakao, de 25 anos, irmão de Gustavo e seu sócio na produtora.

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"É um tema muito relevante e atual para ser discutido", diz Gustavo. "Abordamos isso de uma forma humanizada e sem estereótipos. Os personagens são bem reais." O cineasta diz ter se inspirado no conceito de violência simbólica, do sociólogo francês Pierre Bordieu, para construir a relação. "Lúcia é posta em uma relação de culpa. Ela é posta na insegurança, o que não quer dizer que ela nasceu assim."

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No último final de semana, Gustavo apresentou o "Astro Negro" na categoria de roteiro de ficção do Expocom Sul, evento que selecionou os cinco melhores roteiros do Sul do País desenvolvidos dentro de universidades. Além disso, o filme também foi selecionado para participar do 5º Festival O CUBO de Cinema e do Festival Nacional de Cinema Universitário Tainha Dourada, da Univali (Universidade do Vale do Itajaí).


A forma encontrada pela Cinea para financiar os filmes é por meio de editais de incentivo à produções audiovisuais. A seleção ocorre por meio de concursos, nos quais as produtoras precisam apresentar todo o planejamento financeiro e estrutural para o filme que pretende realizar. Formado em direito e em engenharia civil, Guilherme Nakao é responsável pela parte burocrática da produtora.

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"O Estado do Paraná vem recentemente mudando a forma de fomento. Antigamente, era muito comum os editais serem voltados para as capitais e grandes polos. Hoje, estão dando espaço para o interior, o que vem sendo muito produtivo", diz Guilherme.


"Astro Negro" foi selecionado para um edital de 2017 da Seec (Secretaria de Estado da Cultura) em parceria com a Ancine (Agência Nacional de Cinema). Com um orçamento de R$ 60 mil, o curta foi inteiramente gravado em Londrina com uma equipe de mais de 30 pessoas.

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O Cineasta
Aos 23 anos, Gustavo Nakao já participou de 13 produções audiovisuais, entre curtas, longas e publicidade. Formado em jornalismo na UEL (Universidade Estadual de Londrina), o cineasta sempre quis trabalhar com escrita. Durante a faculdade, buscou complementar sua formação. Fez um curso de roteiro com Sonia Rodrigues, filha de Nelson Rodrigues, no Rio de Janeiro; um curso de crítica de cinema em Curitiba; participou de congressos de cinema e procurou estar por dentro do universo cinematográfico da cidade. "O jornalismo sempre me trouxe muitas coisas boas, foi uma ótima escolha", comenta Gustavo.


Ainda durante o curso, o cineasta, junto com Lucas Meyer e Luciano Albuquerque, amigos da graduação, formou a produtora Muvk, responsável pelo curta "Junie" e por "O Canto do Claustro" - filme selecionado para o Festival de Cannes em 2016.


Por que faz cinema? "Mais do que escrever, eu percebi que o que eu gostava mesmo era de contar histórias. O cinema foi essa descoberta. Cinema é apaixonante, é sonhos. EU queria contar histórias, fazer as pessoas sentirem. Gosto muito de filmes, mas eu também queria fazer alguma coisa diferente. Pensava 'Quero assistir isso', e mesmo que eu encontrasse, por que não produzir o meu próprio filme?


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