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Netflix, Amazon e Mark Ruffalo se afastam do Globo de Ouro, acusado de racismo

Folhapress
10 mai 2021 às 16:17
- Divulgação
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Pouco após o grupo responsável pelo Globo de Ouro –a HFPA, sigla da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood– divulgar mudanças internas mirando o aumento de diversidade racial, artistas e empresas do setor intensificaram críticas e polêmicas envolvendo a premiação, ao romper parcerias importantes.


"Não acreditamos que essas novas políticas propostas resolverão os desafios sistêmicos de inclusão e diversidade da HFPA, nem a ausência de transparência de suas operações", afirmou Ted Sarandos, um dos diretores-executivos da Netflix, numa carta enviada aos organizadores do Globo de Ouro, na sexta-feira (7).

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"Portanto, estamos interrompendo todas as atividades com a HFPA até que mudanças mais significativas sejam feitas. A Netflix e muitos dos talentos e criadores com quem trabalhamos não podem ignorar o fracasso coletivo da HFPA em abordar essas questões cruciais com urgência e rigor."

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Desde uma investigação do jornal americano LA Times, publicada em fevereiro, o Globo de Ouro tem se tornado um grande alvo de denúncias e críticas.

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A reportagem revelou que não havia, até então, nenhum negro entre os membros da associação, o que fez o grupo receber acusações de racismo.


Além disso, comitês do prêmio são acusados de fazerem parte de um esquema de troca de favores, no qual eleitores aceitam dinheiro, viagens e presentes em troca de indicações no Globo de Ouro. A HFPA, no entanto, nega a acusação de corrupção.

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Na sexta-feira, a associação anunciou a aprovação da inclusão de 20 novos membros, o aumento do recrutamento de jornalistas negros na equipe e a contratação de um diretor de diversidade.


"Entendemos que o trabalho duro começa agora", disse Ali Sar, presidente da HFPA. "Continuamos dedicados a nos tornarmos uma organização melhor e um exemplo de diversidade, transparência e responsabilidade no setor."

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No entanto, as medidas não agradaram boa parte do setor do cinema e da TV de Hollywood, o que ficou evidente na onda de críticas feitas ao prêmio no mesmo dia.


A rival da Netflix, o Amazon Prime, também suspendeu parcerias com a HFPA. Jennifer Salke, diretora do streaming, disse num comunicado que sua empresa aguarda "uma solução sincera e significativa" do prêmio.

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Para a presidente da Time's Up Foundation, Tina Chen, as novas medidas do Globo de Ouro são "insuficientes e pouco transformadoras".


Mais de cem empresários de publicidade e relações públicas de Hollywood assinaram uma nota criticando a associação.

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"Continuaremos a nos privar de quaisquer eventos da HFPA, incluindo coletivas de imprensa, a menos que essas questões sejam esclarecidas em detalhes com um firme compromisso que respeite a realidade da temporada de 2022, que se aproxima", diz a nota.


No Twitter, o ator e cineasta americano Mark Ruffalo publicou um texto crítico ao Globo de Ouro e revelou que não se sente feliz por ter recebido o prêmio de melhor ator em série, por "I Know This Much Is True", neste ano.

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Depois dele, a atriz Scarlett Johansson, estrela de "Viúva Negra", também se juntou aos profissionais do setor e rompeu laços com a associação do Globo de Ouro.


De acordo com o site da Variety, Johansson definiu a HFPA como "uma organização que foi legitimada por pessoas como Harvey Weinstein para ganhar o reconhecimento da Academia".


A atriz afirmou ainda que aguarda uma reforma que seja realmente transformadora no prêmio.


"Ouvimos as preocupações sobre as mudanças que nossa associação precisa fazer e queremos garantir que estamos trabalhando diligentemente em todas elas", disse Ali Sar, numa carta enviada à Netflix.

"Podemos garantir que nosso plano reflete a opinião de nossos apoiadores e críticos, e acreditamos que nosso plano irá conduzir a uma reforma e inclusão significativas em nossa associação, de uma forma que toda a indústria [do cinema e da TV] possa se orgulhar."


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