Após o polêmico comentário a favor do grupo que se autointitula "justiceiros", a jornalista Rachel Sheherazade recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Enquanto outros apoiaram a declaração da âncora do "SBT Brasil", os defensores dos direitos humanos lançaram uma campanha na internet pedindo que a emissora de Silvio Santos tire o telejornal do ar e coloque o seriado Chaves no lugar. As informações são do site Notícias da TV.
"Porque o Seu Madruga e o pobre menino do barril têm muito mais a nos ensinar sobre tolerância e igualdade... Venha você também pedir para o Silvio colocar Chaves no lugar da Sheherazade", diz a descrição do evento no Facebook.
A repercussão se deu após um comentário feito por Rachel na edição do telejornal na última segunda-feira (3). Na ocasião, ela disse que o ato de prender um suposto ladrão ao poste no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, era uma atitude "compreensível num País que sofre de violência endêmica".
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Nesta quinta-feira (6), o SBT divulgou uma nota alegando que a opinião é de responsabilidade da apresentadora e que não reflete o ponto de vida da emissora. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética publicaram uma carta de repúdio às afirmações da âncora do noticiário. O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) divulgou nota informando que irá formalizar representação contra o canal e a jornalista no Ministério Público (MP) por apologia ao crime.
Resposta
Na edição do "SBT Brasil" desta quinta-feira, Rachel tentou justificar seu comentário. "Eu sou uma pessoa do bem. Estou do lado do bem, como diria Renato Russo, com a luz e com os anjos. Jamais defenderia a violência. Sou uma ferrenha crítica da violência", disse. "Não defendi a atitude dos 'justiceiros'. Defendi o direito da população de se defender quando o Estado é omisso, quando a polícia não chega. Todo cidadão tem o direito de prender um meliante flagrado em delito. O que não se pode é confundir o direito de se defender com a barbárie, a violência pela violência. Não defendo a violência. Defendo a paz'', afirmou ela.