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Futebol em páginas

Liliana Onozato - Folha de Londrina
01 jun 2006 às 17:41

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Todo brasileiro é louco por futebol; em época de Copa do Mundo, se devota ainda mais pelo verde e amarelo. Aproveitando os ares de palpitação e gritos de 'gol' ansiosos por escapar da garganta, o escritor José Melquíades Ursi lança o livro ''Como Nascem os Deuses da Bola'', pela editora Lance Livre.

Com prefácio de Juca Kfouri, um dos mais renomados jornalistas esportivos do país, o livro faz um interessante passeio pelo esporte que naturalmente faz referência a talentosa ginga dos jogadores brasileiros nos gramados. De maneira simples, porém, polêmica em alguns pontos, Ursi procura jusitificar as origens de toda poesia desenvolvida em campo.

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Como em cada regra cabem exceções, aqueles que não encontram tamanha afinidade com o esporte também podem se deparar com lições de solidariedade, descontração, respeito de regras e liberdade não engessada, segundo revela o autor: ''Todo o livro está calcado em histórias do futebol que oferecem a representação da vida, sob um ponto de vista mais lúdico, plástico, ainda que responsável. Digo que viver é olhar para as circunstâncias, associadas aos lugares por onde passamos e à forma como vivenciamos o tempo subjetivo ou cronológico para atingirmos níveis sempre mais densos de elevação humana e espiritual''. Ursi nasceu em Jaguapitã (46 km ao norte de Londrina), é graduado em Filosofia, Pedagogia e Estudos Sociais. Foi professor e hoje atua em programação visual. Leia os principais trechos da entrevista que o escritor concedeu a Folha2.

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Afinal, o futebol é um talento essencialmente brasileiro?

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Não digo que o futebol seja talento essencialmente brasileiro, já que não podemos desconhecer a qualidade de craques como Zidani, Maradona, Etô, Cruyff, Messi, Platini, e muitos outros. No entanto, a forma característica da ginga no campo de jogo é particularmente brasileira. Isso provoca o prazer de jogar futebol e de ver a arte desfilar em campo. O mundo inteiro percebe isso, tanto que o diretor de cinema Pier Paolo Pasolini, decretou com sua sensibilidade: ''O futebol europeu é prosa, mas o brasileiro é poesia''. Naturalmente, referia-se ao encanto que só nosso futebol apresenta. A Copa do Mundo já começa a evidenciar isso. Quantos dribles, que ginga se viu, antes do jogo do Brasil. Quase nada de especial ou agradável.


De todos os esportes, o futebol é o que mais recebe incentivos do Governo Federal. Na sua opinião, isso se justifica?

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Não. Não se justifica como exclusividade. Ora, num país onde se gasta tanto à toa e inescrupulosamente, há sim dinheiro para dotar as escolas de equipamentos esportivos para a prática de todos os esportes, inclusive os olímpicos. Somos um povo essencialmente criativo e nem o descaso e a malversação do erário público impedirá de nos tornar uma Nação respeitada pelo mundo, já que respeitável já começamos a ser. Sociólogos do mundo já se debruçam a estudar a criatividade brasileira em todas as áreas da criação artística, como o italiano Domênico Di Masi, que escreveu ''O ócio criativo''.


Como aconteceu o contato com Juca Kfouri?

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Bem, não nos conhecemos pessoalmente. Mas há pessoas que estabelecem sintonias com os outros, mesmo que distantes. A postura ética de Juca e sua perspicácia sempre me colocaram em sintonia com ele, embora não o conheça pessoalmente. Então o contato foi feito por e-mail. Consegui na Rádio CBN. Enviei e-mail perguntando-lhe se podia lhe enviar os originais do livro. Ele o acolheu. Enviei pelo correio. Menos de dez dias depois recebia um e-mail do Juca com o prefácio. A sua gentileza me impressionou. Pude então agradecer por telefone. Um dia espero agradecê-lo pessoalmente. Ele já fez a divulgação nacional pela CBN, antes de viajar para a Alemanha, para cobrir a Copa.


Você já jogou futebol profissionalmente?

Cheguei a treinar no Palmeiras, de São Paulo, convidado pelo Julinho, um dos maiores ponteiros direitos que o Brasil conheceu, mas as dificuldades de comunicação da época impediram-me de ficar na cidade. Joguei depois no Jandaia E. C., aqui no Norte do Paraná. Fui campeão da segunda divisão, em 1969, em final contra a Platinense. Tinha convites para jogar em times grandes, mas abandonei o futebol para me dedicar aos estudos. Na época, o futebol não dava camisa como hoje. No entanto, essa experiência foi fundamental para me permitir escrever o livro, já que convivi com jogadores vindos de outras partes do Brasil, principalmente de São Paulo


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