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Londrina recebe três bolsas nacionais de fomento à literatura

Redação Bonde com assessoria de imprensa
16 out 2015 às 08:26
- Divulgação
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Londrina comprova ser um celeiro literário – escritores e produtores culturais da cidade acabam de ser contemplados com as Bolsas de Fomento à Literatura, concedidas pela Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura (MINC). A disputa é nacional, e, segundo os organizadores, o incentivo do MINC visa dar apoioa projetos "voltados para a criação, a produção, a difusão, a formação e a pesquisa literária". A comissão julgadora, depois de analisar trabalhos de todo o País, destinou para artistas locais três Bolsas de Fomento à Literatura.

O projeto "Sarau: prosa, poesia e outras delícias" de Christine Vianna, foi o único do Paraná a ser contemplado na categoria Sarau Literário, bem como o "Um dedo de prosa" de Marco Fabiani. Na categoria Criação Literária, Edra Moraes foi agraciada pelo seu livro de poemas "Pra ler enquanto escolhe feijão".

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Sarau no Cemitério de Automóveis

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"Sarau: prosa, poesia e outras delícias", projeto idealizado por Christine Vianna, há sete anos vem sendo levado na Vila Cultural Cemitério de Automóveis. A permanência criou histórias e raízes, totalizando 55 eventos cuja tônica é o encontro de artistas com a comunidade emtorno da literatura, mas aberto à música, exposições e interação com outras variadas formas de arte.

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Christine Vianna é professora de Língua Portuguesa – Ensino Médio, atriz, editora da Atrito Arte com 98 títulos publicados, vocalista da banda Benditos Energúmenos, idealizadora e diretora do Festival Literário de Londrina e da Vila Cultural Cemitério de Automóveis. Em 2013 adaptou para teatro textos de Clarice Lispector, Hilda Hilst e Cecília Meireles – a montagem de "É crua a vida", teve direção Sérgio Mello. Também dirigiu "O fio de Ariadne" e "Trouxe a chave pra libertar sua tristeza", entre 2014 e 2015, para Cia AARPA. Em 2014 participouda "Antologia de poesia londrinense" com outras cinco autoras.


Prosa e literatura

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"Um dedo prosa", projeto criado há quatro anos por Marco Fabiani, possibilita o encontro de escritores com estudantes, educadores e público em geral para uma conversa sobre literatura. Dessa aproximação entre as partes, naturalmente surge um diálogo sempre interessante com aquele que escreve e com quem lê. A proposta, agora, é levar a iniciativa adiante, abrangendo outros municípios da região. Entende Fabiani que "assim estaremos contribuindo ainda mais para a cadeia produtiva do livro".


Dividido em três partes, "Um dedo de prosa" volta-se à formação de multiplicadores; bate papo com o escritor e apresentação do resultado das oficinas na forma de sarau para a comunidade.

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Dele participaram escritores como Domingos Pellegrini, Edra Moraes, Eduardo Baccarin, Fábio Henriques Giorgio, Herman Schmitz, Mário Fragoso, Maurício Arruda Mendonça, Nelson Capucho, Valdir Grandini, Samantha Abreu, Silza Maria Pasello. Algumas escolas contempladas foram a Newton Guimarães, Colégio Professora Maria do Rosário Castaldi, Colégio Estadual Marcelino Champagnat e Vicente Rijo. Mais de 500 livros foram distribuídos nesses eventos.


Marco AntonioFabiani, é médico cardiologista e escritor. Desde os tempos de universidade escrevia periódicos estudantis.Tem três livros publicados: Trilhas do Fogo de 2004; Contos de Pau e Pedra de 2005 e Histórias de Um Norte tão Velho de 2009, todos editados pela Atrito Arte. Seus contos foram publicados pelas revistas Cult, Coyote e em jornais da região. Recebeu menção honrosa em 2006 pelo conto "As três pontas do laço" no Prêmio Newton Sampaio da Secretaria de Cultura do Estado do Paraná. Em 2013, lançou, também pela Atrito, o romance "A memória é um pássaro sem luz". Coordena ao lado de Christine o Projeto "Um dedo de prosa nas escolas".

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Poesia captada pelo olhar feminino


O título é sugestivo: "Para ler enquanto escolhe feijão". Ao escolher feijão a leitora, ou o leitor, dedica-se à viagem da leitura dos poemas de Edra Moraes, enfeixados numa coletânea. Naturalmente, a partir do título, os textos que se sucedem trazem impressos o olhar arguto, por vezes desinteressado da poeta na observação do mundo. Ela colhe elementos de encantamento que pairam na simplicidade do que é cotidiano. Ou seja, descobertas captadas ao acaso, mas que passa pelo filtro de uma mulher absolutamente ligada ao seu tempo atual, desvinculada de possíveis imagens das mulheres de outrora. "Há posicionamento", diz Edra, certeira.

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"Há mais de vinte anos estudo as questões do gênero e os conhecimentos adquiridos não apenas contribuíram para um aprofundamento, como de certa forma ajudaram a construir uma imagem clara do sentimento que vivencio e que esta clareza se reflete na escrita", afirma.


Entende a poeta que a pesquisa e a leitura de outras autoras, clássicas ou contemporâneas, também foram de grande importância na sua escrita. A poesia para Edra é visceral, conforme suas palavras: "Nasce espontaneamente, às vezes como um insight,noutras como finalização de um pensamento, de uma reflexão. Por isso escolhi a simplicidade de que se resumem muitas vezes nossos momentos como mulher. No silêncio de "quem escolhe feijão" atenta a separação do que é bom e do que é ruim. Neste gesto rotineiro e antigo da condição feminina e seu papel no mundo, busco criar um paralelo com a mulher atual".

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"Ah! esta minha alegria de corista.


Ah! esta minha tristeza de poeta.


sempre escrevendo torto


por linha tão certa."


Segundo Christine Vianna, Edra Moraes usa como base de sua poesia a própria vida, com todas as variantes que nela encerra: dúvidas, certezas, medos e ânsias, instantes de paz, mas evitando o discurso repetitivo que é uma armadilha aos criadores. "Em cada um dos poemas podemos observar os pensamentos que a habitam e são, no essencial, retratos de uma realidade feminina, trazendo à tona não só a busca, angústias, inquietações e enigmas da autora, mas a de todas nós", afirma a editora.

Edra Moraes foi finalista da "Bolsa Petrobrás de Criação Literária 2013", com este trabalho. Em 2010 integrou o projeto "Tríade", ao lado de Célia Musilli e Beatriz Bajo com o livro de poesia "Da divina, da humana, da profana", lançado pela Atrito Arte. Em 2014 fez parte da antologia "O fio de Ariadne", também pela Atrito Arte, com outras cinco londrinenses. Há dois anos deu vida a Clarice Lispector na peça "É crua a vida", com direção de Christine Vianna. Edra é curadora do Festival Literário de Londrina e coordenadora da Mostra Londrix Vídeo Poema. Teve textos seus adaptados para a montagem de "Trouxe a chave pra libertar sua tristeza". Também é a idealizadora do projeto "Londrina Criativa".


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