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A boa fase do Tianastácia

01 out 2001 às 12:37

O novo trabalho da banda Tianastácia deve chegar às lojas no dia 22 de outubro. O CD foi gravado ao vivo e está em fase de conclusão. O disco vai trazer 15 faixas, entre elas "Criança Louca", que também dá nome ao CD, e "Limitado", que deve ser o carro chefe do disco.

A produção do CD está nas mãos de Carlo Bartolini, que foi o primeiro guitarrista da banda Ultrage a Rigor. No momento, o Tianastácia está rodando o Brasil com o Skol Rock, uma oportunidade que eles conseguiram graças ao Skank, que escolheu a banda para dividir os palcos do festival.


Em entrevista ao Bonde, por telefone, o baixista Beto contou que o Tianastácia está numa das melhores fases da carreira. "O Skol Rock é o melhor evento que já participamos. Temos que agradecer e muito ao Skank, que nos deu esta oportunidade", disse Beto. O tempo da banda se divide se divide entre as mixagens do novo trabalho e o Skol Rock, além de vários outros shows. Nos últimos 18 meses, foram 112 apresentações.


O baixista, que não se importou em dar a entrevista enquanto almoçava, está feliz em poder tocar em Londrina e Curitiba. "O Sul do Brasil é rock'n roll, a galera é "bairrista", no bom sentido. Em Florianópolis ligamos o rádio e ouvimos bandas locais tocando", conta, admirado. O Tianastácia e as demais bandas do Skol Rock já passaram por oito cidades brasileiras. Todos os shows ficaram lotados, com cerca de 10 mil pessoas.


O Tianastácia surgiu em 1995 na capital mineira, Belo Horizonte. "Sempre tocamos música própria. Não sabíamos tocar a música dos outros, então resolvemos fazer o nosso som. Isso foi muito bom, aprendemos muito", diz Beto.


A banda começou a despontar depois de ter vencido o Fest Valda com o rock "Cabrocó". O primeiro CD, "Acebolado", foi lançado no ano seguinte e trouxe o hit "Pingaoplin". Em 1999, eles lançaram o segundo disco, "Tá na boa", que nasceu como um disco independente e depois foi abraçado por uma gravadora.


A formação atual do grupo traz Antônio Julio (guitarra), Podé (vocal), Maurinho (vocal), Beto (baixo), Leozinho (guitarra) e Glauco (bateria).


Bonde: Vocês ganharam o Fest Valda em 1995, em Belo Horizonte. O que significou o prêmio para a banda?


Beto: Depois de ganharmos o festival, começaram a aparecer shows, mas acredito que não chegamos a estourar. No Brasil você fala que é músico e as pessoas acham que você não trabalha, que é vagabundo. Eu fazia administração de empresas, abandonei o curso para poder me dedicar a banda. O negócio é ganhar espaço devagar e não parar.


Bonde: Você falou que o Sul é rock'n roll. E Minas Gerais?


Beto: Minas não tem muita tradição no rock. Até pouco tempo a música produzida aqui era mais regional. Hoje o rock está mais difundido, mas é engraçado. Muita gente faz um som pop e fala que toca rock.


Bonde: Como você avalia a produção do rock nacional?]


Beto: O rock nacional está um pouco carente, o Paralamas do Sucesso parou, o Raimundos está parado. Eu acredito que muita coisa boa vai surgir, estamos numa época de entresafra.


Bonde: O clip da música "Pingaoplin" passou na MTV Brasil e foi mandado para a MTV européia, numa seleção de dez músicas brasileiras enviadas para lá. Como você avalia isso?


Beto: A MTV é mais uma chance de mostrar o trabalho. Hoje não adianta fazer só música, tem o clip, tem propaganda. Acredito que tudo acaba virando um produto nas mãos das gravadoras.


Bonde: Como você pode definir o som feito pelo Tianastácia?

Beto: O Samuel Rosa, do Skank, costuma fazer a seguinte apresentação do Tianastácia antes do nosso show no Skol Rock: "se você juntar Raul Seixas com Led Zeppelin, dá Tianastácia".


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