São vários os motivos para comemorar e deixar a banda "louca para explodir". O grupo está empolgado, acaba de lançar o terceiro disco, "Nitroglicerina". Para eles, o "verdadeiro disco do Primos da Cida". Junto com o projeto, a banda reformulou toda sua página na internet (http://www.primosdacida.com.br/), e realizou as gravações do segundo videoclipe. O primeiro foi lançado no início do ano, e teve exibições na MTV e no Multishow.
O material de divulgação do trabalho também está aprimorado. O grupo montou um kit com CD, press release, adesivos e calendário, que foi enviado para mais de 500 empresas de rádio, televisão, jornais, sites, entre outros veículos de comunicação. Toda essa produção só foi possível graças à aprovação do projeto na Lei Municipal de Incentivo à Cultura. As gravações do disco foram realizadas no estúdio Be Bop, em São Paulo, com a produção musical assinada por Jeff Molina, que também dirigiu a gravação do primeiro CD "Sobre o Que Não Tem Volta", em 1998.
A primeira música do álbum é a faixa título "Nitroglicerina". O ritmo é um ska, que se mistura com uma guitarra pesada. A letra é uma crítica à corrupção, às promessas e às desigualdades sociais. "Propina, suborno, surdina, dinheiro, cocaína, marajás. Queria vê-los no chão", diz um verso.
Leia mais:
Chico Buarque assina manifesto em defesa do padre Júlio, alvo de CPI
Men of the Year: Dr. JONES elege Péricles como homem atemporal em categoria inédita
Jonas Brothers anunciam único show em São Paulo em abril de 2024
Guinness confirma que Taylor Swift fez a turnê mais lucrativa da história
A segunda canção é o pop "Sinapse Telepática", uma história de amor com uma pegada simples e direta. Na sequência está "O Salvador Dali", um reggae que fala de um eremita e seu povo. "Não havia guerra e nunca houve tristeza. Mas a ganância chegou", diz a composição que pede a paz e a igualdade no mundo.
A regravação de "Fiska" é a faixa número quatro. A música é uma mistura de ska e rock que fala de praia, alegria, verão. A música cinco é "Sol, areia e mar", um punk rock que reclama da rotina e clama por cair na estrada, viajar. "Eu e mim mesmo", faixa seis, é uma composição pop que mistura ska e punk rock com uma letra de auto reflexão.
"Manhã nas Pedras" quebra o estilo do disco com uma sonoridade mais bem trabalhada nas guitarras, baterias e efeitos. A letra conta a história de uma paixão no litoral que deixou a distância e a vontade de voltar. "Outra direção", faixa oito, segue a mesma linha de composição de "Eu e mim mesmo", e traz uma letra de auto reflexão. O ritmo é um punk rock com muito peso para as guitarras.
A faixa nove é "Quem se Importa", que já tinha sido lançada num CD-demo. É um punk rock de protesto, com levadas mais pesadas e trechos com destaque para um vocal meio distorcido. "Corre Moleque", faixa dez, fala da violência das ruas. "Corre moleque, bala perdida já procura você. Foge, esquece", diz a letra.
"Olho Gordo" ganhou um ritmo mais brasileiro em algumas partes para falar dos gringos que estão de olho nas riquezas brasileiras, e não se importam com as pessoas que aqui vivem. A crítica também é o mote da canção "Sistema", última das 12 músicas do trabalho. A letra vai contra o capitalismo, a mídia enganosa, o sensacionalismo. O ritmo é punk rock simples e marcado.