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Malabarismo em profusão

Katia Michelle Pires
20 nov 2003 às 08:03

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Diogo Cardoso Rego é um dos organizadores do evento que terá oficinas, debates, apresentações, competições e até cortejo de malabaristas - Mauro Frasson
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Quem vê a proliferação de malabaristas que se apresentam nos sinaleiros fechados, aproveitando para conseguir uns trocados dos motoristas mais generosos, pode imaginar que o ''mercado'' para esse tipo de arte é escasso. Mas é cada vez maior o número de eventos dedicados aos mais variados assuntos que contratam malabaristas para entreter os participantes.

Com a expansão dessa arte, que já se mesclou ao teatro e à dança, a especialização é natural. Como no Brasil são poucas as escolas dedicadas a ensinar a técnica, os interessados lançam mão de encontros regionais e nacionais para trocar experiências. E é com esse objetivo que acontece entre os dias 26 e 30 de novembro, em Curitiba, a 5ª Convenção Brasileira de Malabares.

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Essa é a primeira vez que o Paraná abriga uma convenção nacional de malabarismo. As anteriores aconteceram no Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo, todas reunindo milhares de participantes. Em Curitiba, a previsão dos organizadores é reunir 500 malabaristas de todo o mundo. ''Temos inscrições da Itália e França, mas a maioria dos participantes é da América Latina'', conta o malabarista e um dos organizadores do evento Diogo Cardoso Rego, de 21 anos.

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Ele começou a praticar malabarismo há quatro anos e já participou das três últimas convenções realizadas no Brasil. ''É um jeito de conhecer novas técnicas e se aperfeiçoar'', diz, lembrando que em Curitiba não existe sequer uma escola dedicada ao ensino de malabares. Segundo Cardoso, a técnica milenar requer principalmente paciência para ser aprendida. ''Eu comecei influenciado por um amigo e depois fui treinando até dominar outras técnicas'', conta o malabarista.

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Além das bolinhas coloridas, objetos indispensáveis, outros materiais são utilizados pelos malabaristas, como as claves e os diabolos, aquele objeto equilibrado sobre um fio ligados por duas baquetas. Este tem origem chinesa e os primeiros registros de sua utilização já ultrapassam 4 mil anos.


Novos objetos não cansam de aparecer, mas a novidade atual é a utilização da matemática para equilibrar os materiais de forma ainda mais inusitada. ''É o que chamamos de 'malabarismo experimental'. O resultado não é tão bonito, mas é mais complicado de fazer'', conta Diogo Cardoso.


O malabarismo experimental será apenas uma das técnicas abordadas durante o evento. Estão previstas oficinas, debates, vendas e exposição de material de malabares, noite de fogo, noite de gala, palco aberto, competições e um cortejo malabarístico para encerrar as atividades. A convenção acontece até domingo no Centro Panorâmico de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.


Serviço:
5ª Convenção Brasileira de Malabares

Data: 26 a 30 de novembro, quarta a domingo
Local: Centro Panorâmico de Pinhais
Inscrições e mais informações pelo telefone (41) 3027 7331 ou no site www.malabarizando.com.br.


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