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MON encerra o ano com Brennand e De Bona

Redação Bonde
16 dez 2004 às 17:25

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Vista do ateliê do escultor na antiga Cerâmica São João, em Pernambuco: obras carregadas de símbolos fálicos - Divulgação / Orlando Azevedo
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O Museu Oscar Niemeyer (MON) encerra o calendário expositivo de 2004 com a apresentação das exposições "Francisco Brennand – Esculturas / O Homem e a Natureza" e "De Bona em Veneza", trazendo dois artistas bastante conceituados, sendo um escultor pernanbucano e um pintor paranaense.

As duas mostras foram produzidas pelo próprio museu e serão abertas para convidados em 17 de dezembro, às 20h. No dia seguinte elas serão abertas a visitação pública, ficando expostas até 31 de março (Brennand) e 27 de fevereiro (De Bonna).

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Emanoel Araújo assina a concepção curatorial da exposição de Francisco Brennand. A mostra do paranaense tem curadoria de João Osório Brzezinski. As cerca de 30 obras a serem apresentadas são oriundas do acervo do MON, de particulares e de outros museus.

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A mostra do artista pernambucano tem o patrocínio da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), com o apoio das empresas ClearChanel, Governo do Paraná e Ministério da Cultura. A exposição Francisco Brennand – Esculturas/ O Homem e A Natureza pretende mostrar um panorama da produção do artista, de 77 anos.

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Algumas das 396 peças apresentadas possuem três metros de altura e pesam toneladas. São esculturas, desenhos e estudos de óleos sobre telas. Elas marcam um percurso de mais de 30 anos de criação artística, desde os anos 70 até os dias atuais. Entre as obras há 60 peças inéditas, com as quais o artista pretende representar as "culturas assassinadas".


As peças da série, ainda em execução, posteriormente irão compor o cenário do Templo do Sacrifício, em Recife (PE). O Templo é um dos ambientes que está sendo construído pelo artista nas antigas instalações da Cerâmica São João da Várzea (localizada na várzea do Rio Capibaribe), onde Brennand mantêm o seu ateliê.

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Brennand admite que realiza uma obra com grande carga sexual. Por isso, muitos dos que se deparam com as obras carregadas de símbolos fálicos podem pressupor tratar-se de fascínio ao erotismo. Porém, o autor defende-se, afirmando que esse é apenas o "rótulo" de uma leitura equivocada. "Rotularam minha arte como arte sexual, quando minhas intenções são outras bem mais complexas."


A Arte de De Bona - Vigor e sobrevivência em Veneza
Com a exposição "De Bona em Veneza", o Museu Oscar Niemeyer dá prosseguimento à política de valorização e difusão de artistas paranaenses.

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A mostra, composta por aproximadamente 30 obras, apresentará uma seleção de telas e desenhos realizados durante os nove anos (1927-1936) em que o paranaense viveu em Veneza (Itália).


O curador João Osorio Brzezinski explica que escolheu esse período porque é a fase mais expressiva de Theodoro De Bona (1904-1990). "Ele era jovem e vigoroso em sua pintura. Depois de retornar ao Paraná, fez algumas concessões." De acordo com o curador, De Bona se considerava um impressionista, embora fizesse uma pintura naturalista. "Não era um pintor acadêmico."


O reconhecimento à arte de De Bona cresceu quando ele partiu para a Itália. A viagem foi promovida por uma modesta bolsa de estudos custeada pelo Governo do Paraná da época e pela prefeitura de Morretes, cidade natal do artista, localizada no litoral paranaense.

Em Veneza, tornou-se aluno de Vicenzo Di Stefani, Ettore Tito (1859-1941) e Virgílio Guido (1891-1984). Durante esse período, o artista participou do movimento de vanguarda denominado Cà Pesaro, do qual se destaca Giuseppe Santomaso.


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