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Music Awards reconhece nova geração da black music

Ricardo Bairos (Agência Estado)
05 jan 2002 às 14:57

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Nova York - Foi a noite da nova geração da música black norte-americana, em especial a ala feminina. Alicia Keys se confirmou como uma das mais importantes novidades do mercado, enquanto Destiny’s Child colheu os louros de meses de pernas à mostra e Aaliyah ganhou reconhecimento póstumo no American Music Awards. O segundo prêmio mais importante da música dos Estados Unidos, realizado anteontem em Los Angeles, teve ainda mais um fiasco de Michael Jackson: o pop star, que recebeu o prêmio de artista do século, proibiu na última hora a exibição de um clipe que havia produzido para o evento.

Diferente do Grammy, cujos resultados são obtidos por meio de votos dos membros da Academia de Artes e Ciências Fonográficas, o AMA usa um júri de 20 mil pessoas para medir a popularidade de artistas e discos. Assim, há menos surpresas nos resultados, que refletem a movimentação das paradas do país no ano anterior.

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Alicia Keys, que já teve mais de 4 milhões de unidades vendidas de seu disco de estréia, ‘Songs in A Minor’, ficou com as estatuetas de melhor artista novo de soul/r&b e pop/rock. ‘Este foi um ano inacreditável para mim’, disse a cantora e compositora de 19 anos. As meninas do Destiny’s Child levaram os prêmios de melhor banda de soul/r&b e álbum de pop/rock, pelo megahit ‘Survivor’.

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Aaliyah, que morreu em um acidente de avião ao deixar as Bahamas, em agosto, prova que era um dos nomes mais promissores do r&b americano. Ela venceu nas categorias de melhor disco de soul/r&b e artista feminina de r&b. A cantora deve chegar ao primeiro lugar da parada inglesa esta semana com o single ‘More Than a Woman’.

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Com apresentações ao vivo de Britney Spears, Cher e Lenny Kravitz, entre outros, o AMA também premiou Sade (melhor artista de pop contemporâneo), Enrique Iglesias (melhor artista latino), Janet Jackson (melhor artista feminina de pop/rock) e o ’N Sync (melhor grupo pop), que levou uma vaia da platéia por derrotar os favoritos da categoria, os irlandeses do U2. Ao subir no palco, o líder do grupo, Justin Timberlake, disse: ‘Parem de vaiar, o U2 vai ganhar Grammys!’ A banda de Bono está indicada a oito Grammys.


Mas o vexame da noite ficou por conta de Michael Jackson. Depois de semanas de polêmica, em que ele havia cancelado sua participação no AMA depois de ter se comprometido por pressão dos organizadores do Grammy -, o pop star havia anunciado que iria mostrar uma ‘performance recente’. De acordo com vários envolvidos, ele havia produzido um clipe de ‘Man in the Mirror’, de 1988, com cenas rodadas no concerto beneficente United We Stand, realizado em Washington em outubro.

Pouco antes do início da cerimônia, a assessoria de Jacko resolveu proibir a exibição do material. Antes de subir ao palco para receber o prêmio de artista do século, foram mostradas apenas imagens antigas dos melhores momentos da carreira do astro. O público teve uma recepção calorosa ao cantor, mas a briga deve render muito nos tribunais: a organização do AMA entrou com um processo de US$ 10 milhões contra a Academia de Artes e Ciências Fonográficas. O organizador do evento, o lendário apresentador de TV Dick Clark, criador do programa ‘American Bandstand’, prometeu legar a briga ‘até o fim’.


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