Bastou prorrogar o prazo para cumprimento da lei estadual 16.372 para que a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel) continuasse normalmente as atividades. Agora, a UEL tem até dezembro para se adequar à lei, que prevê um número máximo para cargos em comissão e funções gratificadas nas instituições estaduais de ensino superior. O anúncio precipitado do fim da orquestra em abril (prazo anterior da lei) era baseado no fato de essa legislação não contemplar cargos como spalla e chefes de naipe.
''A Osuel está mais viva do que nunca'', afirma Cícero Cordão, diretor da Casa de Cultura da UEL e chefe do naipe de trompetes. ''Até dezembro vamos continuar como estamos, e as perspectivas são positivas, já que há boa vontade da comissão (responsável pela adequação do quadro funcional à nova lei) e da atual reitoria. Embora não haja nada oficializado, há um indicativo de que a reforma não deve afetar nossa estrutural atual'', enfatiza.
Embora seja um alívio, isso não significa porém que os problemas da orquestra estejam solucionados. Com um desfalque de 18 profissionais (foram chamados 17 músicos extras para o concerto de amanhã), sem isonomia salarial, sede própria nem maestro, a mais antiga orquestra sinfônica do Paraná continua demandando menos anúncios precipitados e mais ações efetivas.
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Mas nada disso interfere na qualidade da performance dos músicos, que se apresentam sempre com a casa cheia. Para o concerto, o repertório escolhido é bastante festivo, dedicado a Peter Ilich Tchaikowsky e Gioacchino Rossini e com a regência de Evgueni Ratchev, spalla e maestro adjunto. Segundo Cordão, a ideia é trabalhar com maestros convidados no decorrer deste ano e, a partir dessas experiências, escolher um regente titular para a orquestra.
A apresentação, marcada para as 20h30 no Teatro Ouro Verde, terá a ''Sinfonia nº 4'' e o ''Capricho Italiano'', de Tchaikowsky. Esta última é uma das peças mais populares e alegres do compositor russo. Já a obra de Rossini estará representada pela abertura da ópera ''O Barbeiro de Sevilha''. Escrita em treze dias e vaiada no dia de sua estreia, em 1816, a ópera acabou fazendo um sucesso estrondoso, tornando-se uma das mais conhecidas e executadas de todos os tempos.
Serviço:
Quando - Hoje, às 20h30
Onde - Teatro Ouro Verde (R. Maranhão, 85)
Quanto - Gratuito