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"Falta coragem"

Boni critica a cobertura dos jornais sobre a crise política no país

Redação Bonde
21 mar 2016 às 09:32

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- Divulgação/TV Globo
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O publicitário, empresário e diretor de televisão, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ou apenas Boni é uma referência quando o assunto é qualidade de programação. Com mais de 50 anos de carreira, Boni usou sua experiência para debater o quadro político atual, durante entrevista feita na última sexta-feira (18) no 'Morning Show', programa da rádio Jovem Pan.

Ele criticou a cobertura jornalistica. "Todos os veículos estão cumprindo o sagrado dever de informar, não vejo algo que prejudique", afirmou.

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O tema está em alta devido ao momento de crise do país, ele disse não acreditar na influência da grande mídia na opinião pública, seja para um lado ou para outro.

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Ele analisa o posicionamento da mídia durante a crise e faz comparações. "A cultura jornalística não se acostumou a tomar partido". Algo que acontece em outros países, como os Estados Unidos. Para ele, "não tiveram a coragem de manifestar a sua opinião de forma explícita. Não existe isenção".

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E faz um alerta. "É um direito que a emissora tem de manifestar claramente a sua opinião", explica.


Boni também fala sobre a preocupação dos políticos referente a destruição de suas imagens. "A TV é cruel, tem que ter medo mesmo", reforçou.

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Programação


Especialista no ramo, ele foi um dos responsáveis por garantir à Rede Globo o chamado "padrão de qualidade", que vem dando há anos a liderança da emissora diante de suas concorrentes.

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"Eu considero uma tentativa de fazer bem feito, de polir uma qualidade de texto, de imagem, de fazer com que todas as coisas funcionassem bem e de maneira correta. Acabou que recebemos este rótulo, mas não fomos nós que criamos, nunca achei que nós tivéssemos conseguido", ponderou.


Além disso, ele também ressaltou sua opinião sobre alguns programas da rede Globo. Sobre o programa da Xuxa, ele contou que ela tem em mãos um grande "problema".

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"Ela é uma pessoa extraordinária, mas ela pegou uma tarefa impossível de resolver, ela tinha dificuldade de resolver a audiência que tinha um lastro, saindo de 5, para a Record que não tem lastro nenhum, para sair de 0, acho que ela tem uma tarefa ingrata", afirmou.


Boni também criticou o programa do recém-contratado da Globo, Marcelo Adnet, que comanda o 'Tá no Ar'.


"Ele tem um talento muito grande, mas o programa se faz com muitos escritores, e o humor quando está brincando, sacaneando, ele tem um valor muito grande, mas quando ele faz só com a televisão, é pobre, vira uma piada interna, 90% ninguém entende", contou.

E falou sobre as mudanças do 'Jornal Nacional'. "Acho que quando você se torna muito informal, deixa de ser institucional, e um jornal que vai naquele horário, não é igual a um que vai a tarde. Aquele ali é o diário oficial, depois da internet e da pluralização, quando chega aquele horário, tudo que tinha de ser dito já se esgotou ao longo do dia, as pessoas ligam para saber se aquilo realmente aconteceu", explicou. (Com informações Jovem Pan)


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