Capitão do tricampeonato de 1970, Carlos Alberto Torres, criticou os jogadores da seleção brasileira que têm reclamado da bola da Copa do Mundo. O produto (Jabulani), fabricado pela Adidas, foi alvo dos jogadores Júlio César, Luis Fabiano, Robinho e Felipe Melo.
Para Carlos Alberto Torres, os jogadores se comportaram como crianças. "É criancice, é besteirol dos caras que estão falando que a bola é ruim. A Fifa tem uma responsabilidade gigante, e não deixaria a Adidas fazer uma bola que desagradasse."
Dos jogadores que criticaram a bola, nenhum deles têm contrato com a Adidas. Júlio César, Luis Fabiano e Robinho são patrocinados pela Nike. Felipe Melo tem contrato com a Diadora. Para Torres, os atletas podem ter recebido ordens.
"Desconfio que é jogada de patrocinador. Todo mundo é da Nike, e alguém deve ter soprado no ouvido deles para dar uma porrada quando tivessem oportunidade", afirmou o capitão do tri, que já chegou a participar de eventos promocionais da Adidas.
Na conquista do tri, no México, a bola era feita pela Adidas - foi o primeiro modelo produzido pela empresa para o Mundial.
Torres também não perdeu a chance de criticar os amistosos da seleção contra Zimbábue, nesta quarta-feira, e Tanzânia, na próxima segunda-feira. "Não têm relação jogos assim. Trata-se de política, de interesse. Não tem relação com seleção brasileira jogos [desse tipo]."
Na contra-mão
Se Torres criticou os atletas da seleção, outro jogador que participou do Mundial de 1970 foi em linha oposta. O goleiro Félix afirmou que a bola realmente pode interferir. "O pior é para os goleiros [como Julio César]. A bola sempre muda de um campeonato para o outro. Ela faz um ziguezague quando é leve e fica tremendo. Realmente chega a ter uma diferença."