O meia-atacante português Cristiano Ronaldo, que atua no Real Madrid, está desde fevereiro do ano passado sem marcar gols pela seleção de Portugal. Contudo, neste domingo, o jogador declarou em coletiva de imprensa que não está preocupado com o jejum de tentos, pois "gols são como ketchup".
O último gol anotado por Cristiano Ronaldo com a camisa da seleção portuguesa foi marcado no mês de fevereiro de 2009, contra a seleção da Finlândia, de pênalti. "Para ser sincero, não estou nada preocupado. Como me disse alguém, os gols são como o ketchup. Quando sai, sai tudo de uma vez. Quem trabalha tem o que merece. Aí, estou plenamente tranquilo, tenho feito as mesmas coisas que faço há quatro anos, há três, há dois", afirmou.
Para Ronaldo, o importante é fazer um bom Mundial e, de quebra, ser eleito o melhor jogador da competição. "Quero sempre ser o melhor, mas o meu objetivo é jogar bem e ajudar a equipe a ir o mais longe possível. Quero explodir nesta Copa do Mundo e estou confiante que vou conseguir", destacou o português ao garantir que está subindo de produção à medida que a estreia de Portugal se aproxima. O primeiro jogo dos lusos é contra a Costa do Marfim, terça-feira, em Port Elizabeth.
Sobre as ausências de atletas importantes na seleção de seu país, Cristiano Ronaldo comentou que Nani e Bosingwa vão fazer muita falta a Portugal. "Não sou daqueles que pensa que só faz falta quem está aqui conosco. Acho que os melhores fazem sempre falta aos clubes e às seleções e Nani e Bosingwa fazem falta. Carlos Queiroz [técnico de Portugal] é muito experiente e vai tomar a decisão certa. Estamos tranquilos e preparados para o primeiro jogo. Quanto a mim, jogo na frente, na esquerda ou na direita... o que for decidido farei", garantiu.
Melhor jogador em 2008, eleito pela Fifa, Cristiano Ronaldo ressaltou os objetivos de Portugal nesta Copa do Mundo. "Temos que pensar no primeiro jogo com a Costa do Marfim. Vai ser extremamente difícil, mas se ganharmos dois jogos passamos a fase de grupos. Depois, no mata-mata, como dizia Scolari, tudo pode acontecer e os detalhes contam bastante", destacou.
O português também fez questão de elogiar o argentino Messi, que atua pelo Barcelona, e o brasileiro Kaká, que joga com ele no Real Madrid. "Estou concentrado na minha equipe e não vejo o Messi como um rival. Pelo contrário, é um companheiro de profissão e que aprecio muito. Gostei muito de o ver [contra a Nigéria]. Desejo-lhe o melhor". A respeito do meia brasileiro, disse que: "para mim é um privilégio ter Kaká como companheiro e amigo. Ele teve uma lesão, demorou mais para se adaptar na Espanha, como Benzema também não se adaptou, mas é um grande jogador e vamos fazer história no Real Madrid. Desejo-lhe que faça um grande Mundial e que o Brasil vá o mais longe possível".