David Triesman, presidente da candidatura da Inglaterra a sediar a Copa do Mundo de 2018, anunciou neste domingo sua renúncia ao cargo, após ser flagrado em escutas divulgadas pelo jornal The Mail. Triesman teria acusado a Espanha de tentar subornar árbitros no Mundial da África do Sul.
Segundo o dirigente, que também é presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês), os espanhóis receberiam ajuda dos russos, que não se classificaram para disputar a Copa. Ambos os países também são candidatos a sede do Mundial de 2018.
"É totalmente apropriado que ele renuncia ao cargo e que esta medida seja tomada muito rápido neste caso", aprovou Hugh Robertson, o novo ministro do Esporte da Inglaterra. Antes do anúncio de Triesman, a equipe responsável pela candidatura inglesa pediu desculpas à Fifa e às federações russa e espanhola.
A proposta oficial da Inglaterra para receber a Copa de 2018 foi entregue ao presidente Joseph Blatter na sexta-feira pelo próprio Triesman e pelo capitão inglês David Beckham.
De acordo com o jornal britânico, o presidente da FA citou o suposto suborno da Espanha quando conversava com uma funcionária do ministério do Esporte. "Acho que estamos indo bem com os votos africanos, mas acho que não estamos bem com alguns asiáticos. Provavelmente iremos bem com a América Central e a América do Norte. Acho que os países latino-americanos votarão na Espanha".
"E, se a Espanha se retirar da disputa, porque a Espanha busca ajuda dos russos para subornar os árbitros do Mundial, então seus votos passarão para Rússia", completou o dirigente.