A bola parada promete ser uma grande arma da seleção brasileira na Copa do Mundo na África do Sul. Nos treinos realizados até agora em Johannesburgo, o técnico Dunga tem dado atenção especial a esse tipo de jogada, principalmente nos lances de ataque.
Em sua única entrevista coletiva desde que começou a preparação para a Copa, na última quinta-feira, Dunga reconheceu que iria fazer "ajustes na bola parada" da seleção. E isso tem sido visto durante os treinos que a equipe realizou até agora.
Nos dois treinos coletivos, por exemplo, Dunga parou o jogo diversas vezes para ensaiar as jogadas de bola parada. Os dois cobradores oficiais de faltas e escanteios da seleção são o meia Elano e o lateral Michel Bastos, que se revezam na função.
Nas bolas aéreas, tanto em escanteios quanto em faltas laterais, Dunga chega a colocar seis jogadores brasileiros na área adversária: Luís Fabiano, Kaká, Juan, Lúcio, Felipe Melo e Gilberto Silva. Enquanto isso, Robinho fica na entrada da área, esperando rebote.
Elano e Michel Bastos também são as alternativas da seleção nas faltas que são cobradas diretamente para o gol. Já no caso das cobranças de pênalti, três jogadores treinaram até agora: Luís Fabiano, Robinho e o próprio Elano.
Assim, diante das defesas fechadas que espera encontrar durante a Copa, Dunga prepara o time brasileiro para explorar os lances de bola parada, principalmente a jogada aérea, contando com a boa estatura de seus jogadores.
O problema é que, por enquanto, o aproveitamento brasileiro nas bolas paradas tem sido ruim durante os treinos. Mas os jogadores culpam a falta de adaptação à bola oficial da Copa do Mundo, que tem sido muito criticada por todos.