Luís Fabiano estava com saudade do gol. A última vez em que havia marcado pela seleção brasileira havia sido na vitória por 3 a 1 sobre a Argentina, em setembro de 2009, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. Desde então foram seis jogos de jejum, quebrado neste domingo, com dois gols no triunfo do Brasil sobre a Costa do Marfim por 3 a 1, em Johannesburgo, pela segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo.
"Venho lutando, treinando, e o gol não queria sair. Mas insisti porque sabia que na hora certa ia acontecer. E quando sai um, sai vários", afirmou Luís Fabiano, eleito pela Fifa o melhor jogador do confronto.
O centroavante atribuiu ao técnico Dunga sua melhora com relação ao jogo de estreia, contra a Coreia do Norte, em que teve atuação apagada e desperdiçou a única chance de gol que teve.
"Acho que ter a confiança do treinador e dos companheiros é fundamental para não desanimar. O Dunga sempre conversa comigo e me deixa tranquilo. Ele sabia que eu vinha trabalhando. Vim de um tempo parado e não cheguei 100%, mas foi importantíssimo a confiança de todos", disse, lembrando da lesão muscular na coxa que sofreu em maio, a um mês do início da Copa.
Luís Fabiano admitiu que tocou com a mão na bola antes de marcar seu segundo gol contra os marfinenses. "Foi uma mão involuntária, mão santa, mão de Deus. Mas, como foi involuntária, valeu a pintura do gol", disse sorridente.
Durante o jogo, uma das câmeras da Fifa flagraram o árbitro Stephane Lannoy dirigindo-se a Luís Fabiano aparentemente perguntando ao brasileiro se ele havia tocado com a mão na bola. O centroavante respondeu batendo a mão no peito.
O camisa 9 brasileiro é vice-artilheiro do Mundial com dois gols, juntamente com Elano, o ganês Gyan e o uruguaio Forlán, atrás somente do argentino Higuaín, que tem três.