O atacante Robinho saiu em defesa de Dunga, ex-técnico da seleção brasileira, e dos seus companheiros na África do Sul nesta segunda-feira, três dias depois da eliminação da Copa do Mundo. O jogador evitou apontar culpados pela queda nas quartas de final e negou que o time tenha mostrado falta de equilíbrio emocional em campo.

"Infelizmente ficamos de fora. Não era isso que a gente queria, o Brasil entra sempre para ser campeão. Por duas bobeiras nossas, acabamos saindo. Ficamos tristes e frustrados", lamentou Robinho, sem indicar "vilões". "Futebol é um jogo de conjunto, quando ganha, ganham todos, quando perde também", disse o autor de dois gols nesta Copa.

O atleta isentou também Dunga e demonstrou surpresa com a demissão do treinador, anunciada no domingo. "Ele é uma excelente pessoa, tivemos um ótimo relacionamento e espero que ele possa ter sucesso no clube para o qual ele for", elogiou Robinho.

Questionado sobre a atuação do Brasil na partida contra a Holanda, Robinho explicou que a classificação foi decidida nos detalhes. "O primeiro tempo foi excelente, mas, no segundo, entramos desligados. Infelizmente deixamos a desejar. Perdemos porque tomamos dois gols que não costumamos tomar".

O atacante negou que o time brasileiro tenha demonstrado descontrole dentro de campo depois que os holandeses viraram o placar. "Não faltou equilíbrio emocional. Eu só estava nervoso porque o Robben estava se jogando no chão toda hora", justificou.

Sobre o futuro da seleção, Robinho evitou comentar o possível substituto de Dunga. Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes estão entre os mais cotados. "São grandes treinadores e vencedores, mas o perfil do técnico só Ricardo Teixeira [presidente da CBF] pode dizer".

Ele ainda previu que Neymar e Paulo Henrique Ganso, seus companheiros de equipe no Santos, deverão ganhar uma chance na seleção brasileira no futuro. "Eles são excelentes jogadores, que vão ter tempo ainda para jogar na seleção".