A recente chegada de Sven-Goran Eriksson ainda mexe com os brios da Costa do Marfim, adversária do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo. Para o meio-campista Romaric, o novo treinador finalmente dará um padrão tático à seleção marfinense, conhecida pelos bons talentos individuais - como Drogba, os irmãos Touré e Kalou - e pela falta de resultados concretos.
Assim, a expectativa de Romaric é de que a Costa do Marfim faça uma grande Copa na África do Sul. "Sempre tivemos um bom plantel, mas nunca estivemos à altura taticamente. É o que esperamos de Eriksson, que corrija isso, e mais nada", afirmou o jogador do Sevilla. "Devemos jogar como time, não formamos um conjunto. Se corrigirmos isso, podemos fazer algo muito grande".
Mesmo com o pouco tempo de preparação para o Mundial, Romaric garantiu que a seleção marfinense terá tempo suficiente para evoluir. "Se nos esforçarmos ao máximo, e se todos remarmos na mesma direção, então sim. Três semanas são suficientes para nos oferecer um estilo de jogo distinto e mostrar um novo rosto", acrescentou.
Confiante, o meio-campista enalteceu que os jogadores marfinenses têm a obrigação de esquecer a Copa Africana de Nações, quando foram eliminados pela Argélia nas quartas de final, e finalmente devem honrar em campo a Costa do Marfim. "A reação da população marfinense depois da Copa Africana nos demonstrou que, se voltarmos a fracassar na África do Sul, nem sequer temos o direito de voltar ao país", disse o jogador.
"Precisamos compreender que a seleção é o único fator de unificação do país. Quando jogamos, desaparecem as diferenças de línguas, de etnias, de cor da pele. Devemos entregar-lhes o coração, mesmo que seja uma relação de amor e ódio. E no mais, não ganhar nada com esta geração seria realmente triste. Seria um desastre", completou.