Argentina e Brasil não devem se enfrentar tão cedo na Copa da África do Sul, mas o volante Verón já apimentou a velha rivalidade entre os países nesta quinta-feira. Perguntado se o bom e animado ambiente argentino poderia influir no rendimento do time dentro de campo, o experiente jogador respondeu de forma ácida.
"Se alegria ganhasse jogo, o Brasil seria campeão sempre." E continuou. "Não dançamos samba em Copa do Mundo. Se fosse assim, o título ficaria sempre com os de amarelo [seleção brasileira]."
Verón é um dos líderes do time de Maradona. Aos 37 anos e com 70 jogos pela Argentina, o jogador do Estudiantes ficou com o lugar de Cambiasso, da Internazionale de Milão. Os dois não têm bom relacionamento. Aliás, Verón não se dá bem com boa parte dos jogadores de sua geração e por isso ficou de fora da Copa da Alemanha, em 2006.
No atual elenco, porém, a história é diferente. Agora, ele serve como uma espécie de conselheiro para Messi, Mascherano, Higuaín e companhia. "Estes jogadores todos atuam na Europa. Não precisam de ajuda, mas, se quiserem alguma experiência, podem me procurar."
Taticamente, Verón terá o papel de dividir com Mascherano a marcação dos meias adversários. Com a bola nos pés, ele fará a transição entre a defesa e o ataque, caindo mais pelo lado direito do campo. Resta saber se terá fôlego para ir também à frente e surgir com perigo na área adversária, uma de suas características.