O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, só deve tomar conhecimento oficial na manhã desta quarta-feira da prisão do ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. A afirmação foi feita pelo advogado de Teixeira, Michel Assef Filho. "Por causa do fuso horário, não conseguimos informações oficiais sobre um eventual envolvimento do Ricardo Teixeira no caso. Só soubemos pela imprensa", disse Assef ao jornal O Estado de S.Paulo.
Jornais espanhóis chegaram a noticiar que Ricardo Teixeira estaria preso, o que Michel Assef Filho nega. "Ele está no Brasil", afirmou.
Presidente da CBF de 1989 a 2012 e ex-membro da direção da Fifa, Ricardo Teixeira é um dos 16 ex-dirigentes da entidade acusados de "abuso contínuo do poder" pela Procuradoria Geral dos Estados Unidos desde 2015.
O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também é investigado no mesmo processo. Para evitar a prisão, os dois dirigentes evitam sair do Brasil.
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No início deste ano, o uruguaio Eugenio Figueiredo, ex-presidente da Conmebol, revelou em delação ao FBI que Ricardo Teixeira comandava a divisão de propinas no futebol sul-americano. Michel Assef Filho nega as acusações e garante que Teixeira não negocia um acordo de delação. "Não tivemos nenhum contato com a procuradoria dos Estados Unidos", disse o advogado.
Questionado se a prisão de Sandro Rosell pode modificar esse cenário - o espanhol poderia assinar um acordo de delação -, Michel Assef Filho se esquivou. "Por enquanto, esses fatos não alteram nossa linha de defesa. Não é algo que foi falado no momento".